A decisão da administração de Donald Trump de despedir mais de 1000 cientistas da NOAA pode ter um impacto significativo nas previsões oceânicas e meteorológicas, incluindo nas previsões de ondas e tempestades em sites de surf em todo o mundo.

A NOAA, que monitora os oceanos através de satélites, navios e boias robóticas, fornece dados fundamentais para a previsão de swells, correntes e tempestades. Com a redução da sua equipa, a qualidade e precisão dessas previsões podem ser comprometidas, afetando surfistas, organizadores de competições e setores que dependem da análise detalhada das condições oceânicas.

A falta de monitorização pode agravar a incerteza em relação a eventos climáticos extremos, como furacões, que são influenciados pelo aquecimento dos oceanos. Além disso, a capacidade de prever padrões como El Niño e La Niña pode ser afetada, o que teria repercussões na formação de swells e no comportamento do clima global.

A NOAA terá despedido mais de 1.000 trabalhadores adicionais na quarta-feira. Combinando com a primeira vaga de cortes, o número total de funcionários da NOAA que perderam o emprego representa cerca de 20% da sua força de trabalho original de 12.000 pessoas.

Sem uma recuperação rápida da capacidade da NOAA, sites de previsão de surf podem enfrentar dificuldades em fornecer dados fiáveis, levando surfistas e pescadores a depender mais da observação local e da experiência empírica.

A longo prazo, a redução da ciência oceânica nos EUA pode abrir espaço para outros países, como a China, assumirem um papel de liderança na monitorização e análise dos oceanos.