A decisão surge em resposta às frequentes infrações de trânsito cometidas por visitantes internacionais e visa melhorar a segurança rodoviária e a ordem pública.

Koster sublinhou que esta medida não tem como objetivo restringir o turismo, mas sim garantir condições de trânsito mais seguras e organizadas. De acordo com ele, muitos turistas ignoram as regras locais, contribuindo para o caos nas estradas. Um dos casos mais recentes que exemplifica este problema envolveu um turista russo que, sem capacete e sem carta de condução válida, perdeu o controlo da mota e acabou por cair num arrozal.

Outro incidente grave ocorreu quando um turista russo, ao conduzir de forma imprudente numa estrada movimentada, colidiu com um residente local, enviando-o para o hospital com ferimentos graves. Este tipo de acidentes tem-se tornado cada vez mais comum, causando não só danos físicos e materiais, mas também um sentimento de revolta entre a população balinesa, que se sente prejudicada pela irresponsabilidade de alguns visitantes.

O governador justificou a decisão ao afirmar que, quando um cidadão balinês viaja para o estrangeiro, deve seguir as regras locais, e que o mesmo deve ser exigido aos turistas em Bali. Para ele, tem havido liberdade em excesso para os visitantes, o que tem levado a um aumento de comportamentos irresponsáveis nas estradas.

A proibição baseia-se em vários fatores, incluindo as infrações recorrentes, como conduzir sem capacete, circular na contramão e não possuir licença válida, o aumento dos acidentes envolvendo turistas pouco familiarizados com o trânsito local, a necessidade de preservar a imagem de Bali como um destino seguro e a intenção de incentivar o uso de transportes oficiais, como táxis, carros de aluguer ou veículos de agências de turismo.

A iniciativa tem recebido apoio de residentes e operadores de transportes públicos, que acreditam que ajudará a reduzir o congestionamento e a aumentar a segurança. No entanto, os negócios de aluguer de motas temem perder receitas e alguns turistas poderão sentir-se limitados na sua mobilidade. Caso a medida avance sem alternativas viáveis de transporte, há o risco de Bali perder turistas que preferem a liberdade de explorar a ilha de mota, o que poderá ter um impacto negativo no setor do turismo.

Além disso, a proibição poderá afetar diretamente a economia local, especialmente as empresas de aluguer de motas e as famílias que dependem desse negócio para o seu sustento. Para minimizar os impactos negativos da medida, o governo de Bali é incentivado a investir em alternativas de transporte, como a melhoria dos serviços de transporte público, a expansão dos serviços de transporte por aplicação (ride-hailing) e a disponibilização de bicicletas elétricas ou veículos ecológicos para promover um turismo mais sustentável.

Apesar do apoio à nova regulamentação, há também quem critique a forma como está a ser implementada, defendendo que antes de impor restrições aos turistas, o governo deveria investir em melhorias estruturais, como estradas em melhores condições, um transito mais organizado e uma presença policial mais eficiente para garantir o cumprimento das regras. Muitos acreditam que, com as elevadas receitas do turismo, os impostos deveriam ser usados para preparar melhor a ilha para estas mudanças.

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