Exposição SURF MADE IN PORTUGAL: Inauguração a 3 de julho no MUDE
Fachada da Rua Augusta vai ser revestida com mais de 100 pranchas
A costa portuguesa tem vindo recentemente a ganhar destaque nas noticias mundiais, muito pelo surf aqui praticado e pelas potencialidades de alguns locais como destinos de referência internacional para este desporto.
Em Novembro de 2011, o campeão mundial havaiano Garrett McNamara surfa uma onda de 30 metros na Praia do Norte, na Nazaré, o que lhe valeu o prémio de maior onda da competição Billabong XXL Global BigWave Awards. O fenómeno “canhão da Nazaré”, como já é conhecido, é uma das muitas mais-valia da costa portuguesa para a prática do surf.
Já em 2013, é a vez de Peniche saltar para as noticias mundiais através do surf de Joana Andrade, falando-se cada vez mais na marca Peniche – Capital da Onda.
Mais perto de Lisboa, a Ericeira torna-se recentemente a primeira reserva mundial de surf da Europa ao ser destacada pela organização mundial Save The Waves, responsável pela criação de zonas de ondas protegidas. Esta distinção é atribuída pela consistência das suas ondas, a existência de uma cultura e indústria de surf, a biodiversidade e a qualidade ambiental das praias.
Em paralelo, fala-se cada vez mais da importância do mar como património, histórico e recurso natural fundamental para uma estratégia concertada de desenvolvimento do país. Entre as várias atividades marítimo-turísticas que podem ser incentivadas, encontra-se certamente o surf e a sua prática.
No âmbito da programação Made in Portugal, e depois dos caiaques e bicicletas, o MUDE olha para o universo do surf e volta a revestir a fachada da Rua Augusta, desta vez com mais de 100 pranchas desenhadas e produzidas em Portugal por micro e pequenas empresas nacionais. O enfoque é colocado no papel essencial que a prancha tem para a performance que tem vindo a ser notícia nas revistas e televisões. A sua forma, meticulosamente desenhada e aperfeiçoada pelo shaper, autor da alma da prancha, tem de cortar na perfeição a onda, ser resistente e leve ao mesmo tempo, ágil, mas também elegante e estilizada. As cores e os desenhos vêm dar-lhe animação, mas é na sua forma, no seu design, que o segredo reside.
Nesta iniciativa gentilmente colaboraram com o MUDE, cedendo as suas pranchas, as marcas/empresas Ahua, Jobsite, Mica Surfboards, Pólen, Semente, SPO, X Cult. De várias gerações e com um posicionamento diferente entre si, partilham alguns valores que queremos destacar: a paixão pelo mar e pelo surf; a dedicação absoluta ao seu trabalho; a procura incansável pela excelência; uma alegria e descontração contagiantes; e “um estar de bem com a vida”.
Para além das pranchas da fachada, usadas por profissionais e amadores, no interior do Museu apresentam-se sete exemplares característicos de cada uma das marcas supracitadas. Outras sete pranchas serão pintadas por André Saraiva, passando a integrar o espólio do MUDE.
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