João Kopke testa pranchas de agave na busca por uma relação mais sustentável entre surfistas e o mar
"É incrível e super ecológico", disse o surfista.
O surfista João Kopke sempre quis "shapar" a sua própria prancha. Mas não esperava que, da primeira vez que isso fosse acontecer, não fosse com os materiais tradicionais à base de petróleo como as espumas de epoxy ou Poliuretano, e sim com agave - uma planta cujo xarope se encontra nas secções de comida saudável dos supermercados, e que, surpreendentemente, também pode ser usada para fazer pranchas de surf.
Foi esse o projeto que João Kopke levou à Jobsite, na Ericeira, usando um bloco fornecido por Adrian Kuschkle, empresário alemão (Eco Surf Supply) que importa os restos da colheita de agave do Quénia, transformando os desperdícios desta cultura agrícola em blocos para pranchas de surf.
Inicialmente, Kopke estava céptico, mas acabou por se surpreender. “Fiquei verdadeiramente impressionado com a resistência do material, a leveza, que é muito semelhante às dos blocos tradicionais, e com o bónus de ser totalmente sustentável. Este material, se não fosse utilizado nestes blocos seria queimado como desperdício. É incrível e super ecológico. E ainda por cima, apesar de ser ligeiramente mais pesado, tem alto comportamento na água. E tudo sem custo ecológico. Fiquei convencido!”
Para que não haja dúvidas, toda a experiência foi registada no último episódio da série "Movimento", disponível no youtube.