"O Mais Velho Surfista do Atlântico" - Novo livro de Pedro Arruda conta a história do surfing nos Açores segunda-feira, 02 dezembro 2024 14:16

"O Mais Velho Surfista do Atlântico" - Novo livro de Pedro Arruda conta a história do surfing nos Açores

Lançamento no dia 5 de Dezembro. 

 

Na próxima quinta-feira, dia 5 de Dezembro, decorrerá pelas 18h no Memmo Príncipe Real o lançamento de O Mais Velho Surfista do Atlântico, um livro de Pedro Arruda, edição Tinta da China. O lançamento contará com a apresentação de João Valente e Pedro Adão e Silva. 

O livro apresenta, além de outras personagens e momentos históricos, um neto de açorianos chamado George Cunha, que acompanhou o então jovem nadador havaiano Duke Kahanamoku nas suas primeiras tournéés por outras paragens, e militares americanos estacionados na Ilha Terceira nos anos 40 a surfar as ondas da baía da Praia da Vitória, fazendo dos Açores um dos primeiros berços europeus daquele que viria a ser conhecido como o desporto dos reis havaianos.

O livro leva-nos desde a chegada dos primeiros açorianos ao Havai até aos dias de hoje, percorrendo dois séculos da história das relações entre esses dois arquipélagos e de uma modalidade desportiva que caiu nas graças do mundo. Através deste traçar da história, a obra levanta algumas questões: E se o primeiro contacto dos europeus com o Havai for anterior à chegada do Capitão Cook? E se alguns dos primeiros estrangeiros a fixarem‑se nessas ilhas do Pacífico tiverem sido, afinal, baleeiros açorianos?


«Este livro é uma tentativa de fixar, ou, de certa maneira, de conter e agarrar, ou de valorizar, aquilo que, muitas vezes, se perde na espuma dos dias, a frivolidade e o prazer epicurista do gesto puramente individual de correr ondas, de experienciar direta e fisicamente essa realidade concreta e oceânica do surf, da energia efémera das ondas, que se desvanecem em espuma no litoral da terra. Mas, de igual forma, é um relato sobre uma força maior, uma representação da transcendência do mundo onde vivemos, naquilo que ele tem de mais poderoso — o grande Oceano — e a nossa relação ancestral com ele, esse chamamento, uma atracção dir‑se‑ia fatal, seja individual seja comum a todos nós, com as forças misteriosas do imenso Mar que circunda e envolve a superfície da Terra. Uma história do surfing será, sempre, uma história, afinal, da relação do Homem com o Oceano, de como o Homem o conquistou e de como o Oceano, por sua vez, delimitou e definiu o percurso do Homem na história, quer de cada um de nós individualmente, quer de toda uma comunidade ou de um povo.»

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