No passado domingo, dia 7 de abril, a SOS Quinta dos Ingleses - Associação Ambiental e os Alvorada da Floresta lideraram uma manifestação sem precedentes contra os mega empreendimentos em curso em Carcavelos, com destaque para o projeto na Quinta dos Ingleses, o Bairro da Torre e o Hotel Hilton.

Mais de 1500 pessoas participaram na manifestação, percorrendo a Quinta dos Ingleses e encerrando no parque de estacionamento público, onde se reuniram em torno das palavras "Save Me" em feltro vermelho, ao som dos tambores do grupo Tocá Rufar.

Este evento, considerado o maior e mais participado em Cascais até à data, reflete o crescente apoio à luta contra a construção excessiva e a destruição ambiental, particularmente na Quinta dos Ingleses. As preocupações com a preservação do surf e da costa de Carcavelos também foram destacadas, dada a sua ameaça.

Os planos para a Quinta dos Ingleses incluem 850 apartamentos, 150 apartamentos turísticos e um hotel, além de áreas comerciais e de serviços. A construção de mais 567 apartamentos turísticos em frente ao Bairro da Torre e o futuro Hotel Hilton, com um total de 116 apartamentos turísticos e 66 quartos ou apartamentos da cadeia Hilton, representará um aumento significativo na população local, naquela que já é uma das freguesias mais densamente povoadas no país.

Os manifestantes expressaram preocupação com o impacto negativo desses empreendimentos no ambiente, qualidade de vida, biodiversidade, prática do surf e riscos climáticos.
Exigem à Câmara de Cascais um compromisso maior com o ambiente, segurança e bem-estar da população, propondo a criação de um parque natural urbano abrangendo a Quinta dos Ingleses e o Bairro da Torre.
Apelam à ação local para impactar globalmente, cumprindo metas de controle de emissões de carbono e restaurando ecossistemas degradados, em conformidade com a legislação europeia.

A Câmara Municipal de Cascai deu, há duas semanas, permissão à empresa Alves Ribeiro e ao Colégio Saint Julian's para iniciar a vedação da Quinta dos Ingleses para o início das obras.

Se as construções avançarem, dos 54 hectares estima-se que apenas sobrevivam 8.

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