APA divulga os resultados de 2022 do Programa de Monitorização do Lixo Marinho em praias de Portugal Continental
Um documento realizado pela APA e pela Fundação Oceano Azul.
A Agência Portuguesa do Amiente (APA) divulgou os resultados de 2022 do Programa de Monitorização do Lixo Marinho em praias de Portugal Continental, num documento síntese realizado no âmbito do Protoloco de Cooperação entre a APA e a Fundação Oceano Azul. Este documento tem como objectivo a divulgação alargada dos principais resultados do Programa.
O relatório engloba os resultados das organizações nacionais que trabalham na recolha de lixo marinho num “Contador de Lixo Marinho” - é, por isso, apenas uma amostra o total de lixo marinho recolhido em Portugal. Mesmo assim, dá conta não só da dimensão do problema, pelo menos em parte, como também dos esforços feitos por estas organizações e voluntários no sentido de colmatá-lo.
Através das 55 campanhas de amostragem realizadas em 2022, identificou-se que a categoria de lixo marinho mais encontrada nas praias portuguesas são fragmentos de plástico de 0 a 2,5 cm, seguido de fragmentos de esferovite de 0 a 2,5 cm, e com beatas e filtros de cigarro a ocupar o terceiro lugar. Entre os plásticos de uso único, as beatas e filtros ocupam o primeiro lugar.
O relatório dá conta de uma subtil tendência de redução do lixo marinho encontrado. No entanto, "esta evidência tem de ser vista com cautela uma vez que esta constatação resulta apenas de informação recolhida nas 14 praias do programa, devendo ainda ser considerado que os fenómenos naturais para além dos antropogénicos também influenciam invariavelmente os resultados". O relatório também indica o turismo e actividades recreativas, o saneamento e a pesca e aquacultura como as maiores fontes de lixo marinho.
O relatório pode ser consultado aqui.