Ministro da Cultura esteve a surfar no Festival Gliding Barnacles, na Figueira da Foz
Na passada quarta-feira, dia 7 de Setembro.
As ligações entre o surf e a arte são muitas e variadas, mas em Portugal tomaram uma forma particularmente curiosa: o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, é um apaixonado pelo surf. Descobriu essa paixão nos anos 80, na Costa da Caparica, e actualmente faz surf durante as férias no litoral alentejano. Foi comentador de desporto e cronista da SURFPortugal, e escreveu em 2012, em conjunto com João Catarino, o livro Tanto Mar.
Na passada quarta-feira, dia 7 de Setembro, o Ministro esteve na Praia do Cabedelo para o arranque do festival Gliding Barnacles, um ponto de encontro entre surfistas e artistas, que terminou no passado domingo, dia 11 de Setembro e que contou com a presença de mais de 250 participantes de 30 nacionalidades diferentes. O convite foi feito ao Ministro pela Associação +Surf, organizadora do evento.
Pedro Adão e Silva surfou pela primeira vez na Praia do Cabedelo e participou também numa mesa redonda onde se debateu o papel dos eventos culturais na promoção do turismo. O Ministro enalteceu a cultura do surf, que, na sua visão, tem o potencial de alavancar o "desenvolvimento equilibrado de muitas comunidades". Para ele, o surf é mais do que um desporto, podendo "ter um papel concreto numa cidade, porque apresenta várias características que são importantes, desde logo a preocupação com a sustentabilidade". Refere-se ao Gliding Barnacles como exemplo, que "começou por ser um movimento cívico para defender uma onda e alargou o seu espectro de actuação e hoje em dia é também um festival cultural".
A ligação entre o surf e a arte não passa despercebida, e o Ministro nota que "o surf é um desporto que se pratica nas margens, entre a terra e o mar", e "quem faz surf tende a ser uma pessoa de fronteiras, que tem tendência a ser particularmente criativa". Vê por isso o surf como "um acto cultural nas cidades contemporâneas".