O que é que a big rider Joana Andrade nos pode ensinar sobre TIC?
A big rider dinamizou um workshop no Huawei Summer Camp 4 Her.
O Huawei Summer Camp 4 Her é uma iniciativa que pretende mostrar a jovens universitárias a realidade e as possibilidades do mundo do trabalho na área das TIC. A jornada de debates, workshops e atividades terminou de forma invulgar – com uma aula de surf liderada pela big rider Joana Andrade.
As participantes na Huawei Summer Camp 4 Her têm entre 18 e 21 anos, são estudantes de licenciatura de áreas distintas, como Gestão, Economia, Direito, Ciências Sociais, Marketing, Comunicação, áreas tecnológicas e engenharias. Para além da diversidade nas áreas de estudo, a proveniência geográfica das alunas também é variada, estando representadas as Academias de Lisboa, Aveiro, Coimbra, Minho e Porto.
Até ao final desta semana, as participantes no Huawei Summer Camp 4 Her estarão envolvidas num ambiente descontraído, onde vão poder aprender e explorar conteúdos criados em torno de três dimensões: Tecnologia, Sustentabilidade e Desenvolvimento Pessoal. Os oradores são personalidades nacionais e internacionais das mais diversas áreas, mas com alguma ligação aos três eixos fundamentais do programa.
"A minha força não vem do meu corpo"
Joana Andrade começou a surfar aos 13 anos e demorou quase três meses a pôr-se em pé na prancha pela primeira vez. “Havia muito poucas raparigas a fazer surf e não havia muito apoio nessa altura”, conta. Joana Andrade recorda também que os potenciais patrocinadores olhavam mais para a beleza da mulher e menos para o potencial da atleta, e chega a dizer: “muitos ainda hoje não nos respeitam”. Acredita contudo que as mentalidades estão a mudar.
Para conseguir surfar a primeira onda gigante, precisou de um ano de treino físico e psicológico, tempo em que o medo teimou em aparecer. Mas quando atingiu os seus objectivos, sentiu “uma paz tão grande” pelo culminar de “uma mistura de medo e adrenalina, com conquista, e prazer. Foi o resultado de um ano inteiro de trabalho, e, quando consegui, senti-me a voar”.
Na discussão sobre os desafios de se ser mulher no mundo da competição, Joana Andrade, confessou que “sendo mulher não foi fácil conquistar estas ondas”, e que só foi possível com muita disciplina e crença: “a minha força não vem do meu corpo, vem da minha cabeça e do meu coração.”
Quão grande pode ser um desafio?
Este é o lema de vida de Joana Andrade, e foi também o mote do seu workshop. A surfista, que se desafiou todos os dias para chegar mais longe e conseguir ser a primeira mulher portuguesa a surfar as ondas gigantes da Nazaré, revelou que teve “alguns bloqueios, muitos medos”, mas que o prazer da conquista pessoal e profissional contribuiu para atingir o seu objectivo – “sempre consegui lidar com os meus medos através de superações e as ondas grandes ajudaram-me a mostrar que sou capaz”.
Depois desta conversa dinâmica entre a surfista e as 15 participantes no Huawei Summer Camp 4 Her, partiram juntas para a praia de Carcavelos, onde Joana Andrade guiou as jovens numa experiência de introdução ao mundo do surf.