QS 3000 em Santa Cruz é a ultima oportunidade para a qualificação de surfistas Portugueses no Challenger Series segunda-feira, 11 abril 2022 19:53

QS 3000 em Santa Cruz é a ultima oportunidade para a qualificação de surfistas Portugueses no Challenger Series

Esta terça-feira a praia da Física, em Santa Cruz, Torres Vedras, acolhe a última etapa do circuito de Qualificação da WSL ....

 

 

O QS 3000 Estrella Galicia  Santa Cruz Pro presented by Noah Surf House.

 

São mais de 130 os surfistas que rumam agora ao Oeste para disputar os tão desejados 3.000 pontos que podem mexer com o ranking. A prova decorre de 12 a 16 de abril, e depois desta última etapa, em Santa Cruz, ficarão assim definidos os 10 surfistas apurados para o Challenger Series (nove atletas, mais um wild-card definido pela WSL) que, de maio a dezembro, vão lutar por um lugar entre a elite do surf em 2023.

 

 

28 Surfistas Portugueses em Prova:

Em prova, em Santa Cruz, estarão 28 portugueses, entre eles Vasco Ribeiro. Depois do 25.º lugar no QS 3.000 na Caparica, Vasco está atualmente no 23.º lugar do ranking, mas ainda com possibilidades matemáticas de figurar no top 9 que dá acesso ao Challenger Series. E se, em 2021, Vasco venceu em Santa Cruz, este é um feito que quer voltar a repetir. “Quero manter o título em casa, Santa Cruz é um dos sítios que eu mais adoro, onde passo muito tempo a treinar, onde me sinto super à vontade, há ondas boas, com força, que é o que mais gosto. Este ano é para ir com tudo”, referiu Vasco no lançamento da prova que começa esta terça-feira. E acrescentou “Costumo sempre surfar por ali, Santa Rita, Praia Azul ou em frente ao Noah, onde estiverem melhores bancos... Gosto de Santa Cruz porque tem menos ‘crowd’ do que Ericeira ou Peniche, por exemplo, e por isso estamos mais à vontade a experimentar pranchas, e a treinar. Santa cruz é linda como é e espero que fique assim”, referiu ainda o surfista da Praia da Poça, que no ano passado conquistou o título europeu. Quanto às contas, para já, uma coisa de cada vez: “O plano é estar concentrado, e depois logo penso no resto.”

 

Francês Maxime Huscenot já conquistou o título Europeu no Circuito de Qualificação da WSL:

No circuito masculino, o francês Maxime Huscenot é o líder, tendo já garantido o título europeu por antecipação na Costa de Caparica. Na segunda posição segue Ramzi Boukhiam. Com um 1.º lugar em Israel – onde partilhou o pódio com Teresa Bonvalot -, um 5.º lugar na Costa de Caparica e um 13.º nos Açores, o surfista marroquino está bastante motivado com a etapa de Santa Cruz. “Passei bons momentos em Santa Cruz. No primeiro ano em que participei, [2018] fiquei em 3.º e no ano seguinte em 2.º. Nunca ganhei, mas quero muito! Adoro Santa Cruz, é um ‘beach break’ muito poderoso. Há sempre ondas, mesmo quando está mais pequeno. Sempre que fui lá, havia ondas”, confessou Ramzi, que, na verdade, já vem para Portugal, com os pais, desde criança: “Tenho muitos amigos aqui, sinto-me sempre em casa.” Sobre o 2.º lugar no ranking, Ramzi admite que está numa boa posição, mas diz não pensar muito nisso. “Quero só surfar, fazer um bom resultado e chegar em boa forma ao Challenger”, referiu. Quanto às condições, a expetativa é alta: “Parece que vai estar bem grande no início, parece que vamos ter excelentes ondas.”

 

Francisco Spinola revela o segredo:

O segredo de Santa Cruz é esse mesmo, as ondas. “É um sítio super consistente. É a primeira palavra que me vem à cabeça”, começa por dizer Francisco Spínola, diretor geral da WSL para a Europa, África e Médio Oriente. “Tem um areal muito extenso, muito aberto, é raro estar flat, e essa consistência criou a fama de que em Santa Cruz há sempre ondas. E depois tem outra particularidade... Ainda não é tão famosa como a Ericeira e Peniche, está ali no meio, e acredito que no futuro ainda vai ser mais procurada por surfistas de renome internacional, que querem criar as suas raízes ali”, explicou Spínola.

 

Foi em 2017 que a graduação do Pro Santa Cruz aumentou para os 3.000 pontos, razão que tornou Santa Cruz paragem obrigatória para os principais surfistas europeus e para todos aqueles, claro, que procuram ganhar pontos e subir no ranking do circuito mundial de qualificação. E o efeito desta etapa regular da WSL no Oeste tem sido notório. “Este campeonato é uma aposta de longo prazo e os resultados estão à vista... Com um grande esforço da comunidade e dos empresários locais, foi desenvolvido um dos melhores equipamentos hoteleiros dedicados ao surf, mesmo em cima da praia, que é a Noah Surf House. Mérito também para os pequenos empresários que criaram negócios relacionados com o surf e que têm contribuído para o ‘boost’ que o surf tem tido”, refere o responsável da WSL.

 

Autarquia de Torres Vedras tem vindo a impulsionar, ano após ano esta prova:

“É a 5.ª vez que acolhemos uma prova da WSL. E temos visto, ano após ano, o reflexo deste investimento. Santa Cruz é conhecida por todos os surfistas, mas efetivamente, para precisávamos de uma prova âncora, e este tem sido esse evento que tem dado nome a Santa Cruz. É um evento de repercussão em termos mundiais e temos visto o resultado disso”, começa por dizer Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras. “É uma aposta ganha em termos de economia local, restauração, dormidas, e que se prolonga ao longo do ano porque as pessoas ficam a conhecer melhor toda a zona. A dimensão da WSL e a sua notoriedade tem ajudado muito principalmente aos novos investidores, é algo que os fixa e os deixa confortáveis em investir no local. Já para não falar na qualidade de vida, e nas questões de natureza paisagística desta zona”, completou a autarca. E são essas as razões que têm vindo a aproximar os surfistas de Santa Cruz. “É uma zona ainda muito crua e bonita e não deixa ninguém indiferente. Acho q ainda há muito para explorar, é só o princípio de uma longa história de sucesso para Santa Cruz, como um dos principais sítios de surf na Europa”, concluiu Francisco Spínola.

 

Muitas ondas de acção prometem animar Santa Cruz:

Depois do sucesso da etapa da Caparica, que teve como grandes vencedores, Teresa Bonvalot e Maxime Huscenot, a ação prossegue agora em Santa Cruz, antes de, em maio, seguir para a Austrália, onde arrancará o Challenger Series. Assim sendo, em prova, no masculino, e a representar Portugal, estão 28 surfistas. São eles Pedro Henrique, Francisco Almeida, Guilherme Fonseca, Vasco Ribeiro, Luís Perloiro, Guilherme Ribeiro, Joaquim Chaves, Afonso Antunes, Eduardo Fernandes, Jácome Correia, Miguel Blanco, Henrique Pyrrait, José Champalimaud, Diogo Martins, Martim Carrasco, Rafael Silva, Martim Paulino, Francisco Queimado, Daniel Nóbrega, Tomás Fernandes, João Vidal, Gabriel Ribeiro, Francisco Ordonhas, Rodrigo Lebre, Hugo Cardoso, João Mendonça, Peter Healion e Baltazar Pinto.

 

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