Viana do Castelo...

O XXII Luso Galaico realizou-se este fim de semana na praia da Arda, em Afife, Viana do Castelo. O evento registou um elevado número de participantes, 95, em sete categorias − Surf Open, Bodyboard Open, Bodyboard Feminino, Longboard, Surf Feminino e, pela primeira vez, Para Surfing e Para Surfing VI.

 

 

A capacidade e a experiência organizativa do Surf Clube de Viana (SCV), que teve dois palanques ao longo da prova e voltou a abolir o papel com recurso a uma plataforma on-line, aliadas à praia da Arda mais uma vez ter dado provas de ser uma das mais consistentes da Europa ao nível de ondas e ainda à qualidade dos competidores presentes, entre os quais os melhores atletas de surfing do Norte de Portugal e da Galiza, foram decisivas para o êxito deste clássico ibérico que somou 49 heats.

 

 

A Federación Galega de Surf (FGS) fez-se representar pela Seleção Galega de Bodyboard, composta por nove participantes, sendo um deles atleta e técnico, e por dois atletas com deficiência, que nunca tinham competido. Esta comitiva galega também esteve a estagiar no Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo.

A FGS, que também tem vindo a apostar no desenvolvimento da modalidade de Para Surfing, fez-se representar por Santiago Carvalho e por Pablo Magdalena, que começaram este ano a praticar surf.

 

 

Os vencedores do evento

Elohe Alvarez, em Surf Open, Bruno Martin, em Bodyboard Open, Letícia Cruzeiro, em Bodyboard Feminino, Rúben Silva, em Longboard, Beatriz Costa, em Surf Feminino, Hugo Madruga, em Para Surfing, e Santiago Carvalho, em Para Surfing VI, foram os grandes vencedores da edição 2021 do Luso Galaico (LG).

O objetivo de Elohe Alvarez era ganhar, e carimbar “uma vitória no surf frente a adversários de nível é muito bom.”

 

 

Para o galego Bruno Martin, que, além de ter-se sagrado vice-campeão do mundo no Pro Junior em 2019 na Arda, somou a sua 2ª vitória no LG, “a organização está de parabéns. As condições da praia mais uma vez estavam ótimas. O nível dos atletas era muito alto, mas eu também tinha esperança de ganhar.”

 

Beatriz Costa na sua terceira participação no LG subiu ao lugar cimeiro do pódio, apesar de nos quartos de final e na meia-final ter ficado em 2º lugar, “estava confiante. Consegui apanhar as ondas certas. O mar colaborou comigo, pois o meu nível de surf e o das minhas adversárias é muito equilibrado.”

 

 

 

   

Rúben Silva, que entre os muitos títulos que soma em Longboard tem o de Campeão Nacional e que estava sem competir há 4 anos, considera que “é sempre bom regressar. As condições estavam excelentes. Muitos participantes. Desta vez o meu objetivo não era ganhar, mas ganhei. Foi um prazer estar numa final com jovens, o que significa que a modalidade tem um futuro promissor. Parabéns ao SCV por manter a tradição do LG.”

 

 

 

O galego Santiago Carvalho competiu na estreante categoria de Para Surfing VI no LG, que também marcou a sua estreia competitiva.

 
As palavras de Santiago Carvalho:
“Eu vinha aprender e aprendi muito num fim de semana. Foi tudo muito positivo. E ainda acabei por ganhar numa praia com condições excelentes”

 



Luso Galaico é visto como exemplo de cooperação  

Para Helena Lopo, representante da FGS e psicóloga desportiva, “a longa relação de proximidade que existe com o SCV é muito importante, sendo o LG um ótimo exemplo de cooperação.”

 

 

 
As palavras de João Zamith, presidente do Surf Clube de Viana (SCV):

 

“Este campeonato foi desafiante, num fim de semana em que praticamente ao nível europeu a falta de ondas inviabilizou a competição, mas conseguimos concretizar os nossos objetivos e colocar em prova duas categorias de Para Surfing, uma open e outra para cegos. Um dos objetivos do clube é inserir cada vez mais atletas com deficiência nos campeonatos.”

 

 

As palavras de Ricardo Rego, que marcou presença na entrega de prémios em representação da Câmara Municipal de Viana do Castelo:

 

“O SCV está de parabéns por esta excelente organização, por ter conseguido cimentar o Luso Galaico como um evento regular e também por ter conseguido criar esta forte relação de parceria transfronteiriça com a Federação Galega. As condições naturais da praia da Arda, fazem dela um destino de excelência para a prática de surf. Enquadrado na Viana do Castelo Capital Europeia do Desporto 2023 está prevista uma melhoria das condições nesta e nas outras praias do concelho.”

 

O último evento do Viana Surf City Festival 2021 é o Campeonato Nacional Surf Esperanças, com as categorias Sub 16 Feminino e Sub 18 Feminino, que acontece já no próximo fim de semana.





RESULTADOS XXII Luso Galaico:

 

Surf open

1º lugar - Elohe Alvarez

2 º lugar - Sergio Padin

3º lugar -  Ian Fernández

4º lugar -  Filipe Cruz

Surf Feminino

1º lugar -  Beatriz Costa

2º lugar - Raquel Otero

3º lugar -  Candela Galán

4º lugar -  Miriam Julião


BB Open

1º lugar - Bruno Martin

2º lugar - Brais González

3º lugar - Renato Vieira

4º lugar - Tiago Ferreira


BB Feminino

1º lugar - Letícia Cruzeiro

2º lugar - Francisca Pinto

3º lugar - Sara Silva

4º lugar - Luana Dourado


Longboard

1º lugar - Rúben Silva

2º lugar - Luís Silva

3º lugar - Tomás Arroja

4º lugar - Tomás Bugallo


Para Surfing

1º lugar - Hugo Madruga

2º lugar - Tomás Freitas

3º lugar - Lucas Borges


Para Surfing VI

1º lugar - Santiago Carvalho

2º lugar - Marta Paço

3º lugar - Pablo Magdalena