De acordo com comunicado chegado há pouco à redação, a Federação Portuguesa de Surf (FPS) vai mover uma ação judicial contra a International Canoeing Federation (ICF). Em causa está o facto da FPS ter tido conhecimento, no início de 2018, que esta pretendia organizar, entre 30 de agosto e 2 de setembro, em Viana do Castelo e Esposende, um campeonato do mundo de Stand Up Paddle (SUP).

Ora, nos termos do seu Estatuto de Utilidade Pública Desportiva, a FPS é a única federação nacional com competência para organizar e homologar provas oficiais desta modalidade em Portugal. 

A FPS, desde que teve conhecimento desta prova, informou de imediato a tutela e irá agora notificar todas as entidades envolvidas neste campeonato para que o evento seja cancelado e recorrerá aos tribunais nacionais, no sentido de fazer cumprir a lei aplicável.

“As lutas de poder a que mais uma vez assistimos a nível internacional não podem, antes de definitivamente resolvidas, implicar o atropelo das leis nacionais e a violação dos direitos de quem tutela, nos termos da lei, a modalidade em Portugal”, sublinha João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf.

O anúncio da prova internacional, promovida pela ICF, pode ser encontrado, por exemplo, neste link. No comunicado enviado para a redação, pode ainda ler-se que a FPS também contactou a Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) no sentido de procurar esclarecimentos quanto à organização desta prova. Porém, até à data, não houve qualquer resposta conclusiva por parte da FPC. 

A International Surfing Association, entidade que rege o SUP a nível internacional, demonstrou já total e incondicional apoio à FPS e também emitiu, entretanto um comunicado sobre a ilegalidade deste campeonato internacional. 

O SUP, que é uma das atividades que apresenta os maiores números de crescimento entre as modalidades de deslize na água, à escala global, está assim no centro de uma quezília entre federações.