Foi numa sala cheia e repleta de figuras importantes do Bodysurf em Portugal que se realizou este último sábado, em Santa Cruz, a 1.ª Tertúlia Nacional de Bodysurf.

Cerca de 40 pessoas, desde atletas, representantes de marcas, responsáveis dos principais campeonatos e outros intervenientes, discutiram e trocaram ideias sobre o estado atual do Bodysurf em Portugal e qual o futuro da modalidade, numa altura em que é indiscutível o aumento do número de atletas e interessados em praticar este desporto.

O primeiro assunto discutido foi a segurança, onde havia uma notória concordância entre todos, que o Bodysurf é um desporto que exige uma preparação física melhor do que os outros desportos de água e que todos devemos ter sempre consciência dos nossos limites antes de entrar no mar. 

A capacidade e o conhecimento do mar, das correntes e da própria praia deve e tem de ser um requisito para qualquer praticante de Bodysurf, e não só.

Outros dos assuntos mais discutidos e talvez o mais polémico, teve a ver com o uso ou não das handplanes e como essa opção deve ser encarada na competição. Olhando para o “resto do Mundo”, ou não se usa handplane ou então existe um segmentação de categorias, Handsurf e Bodysurf. 

António Pedro, organizador do Campeonato Nacional, defende que ainda se está a construir um caminho mas que prevê que num futuro próximo o Circuito Nacional de Bodysurf seja feito sem handplanes. 

António Stott, primeiro campeão nacional da modalidade, também não usa handplanes, defendendo que o uso das mesmas "pode dar uma ideia aos juízes diferente dos que não usam handplanes". Do outro lado, Ruben Cotrim, atleta e shaper da Caruma Handplanes, defende o uso das mesmas e de que não deve haver segmentação, pois "existem muitos bodysurfers que só o fazem se tiverem uma handplane".

Foi uma tarde repleta de testemunhos importantes, de ideias e pontos de vista certeiros que fizeram o sucesso desta primeira tertúlia.