Kanoa Igarashi (EUA) a vencer no Brasil o seu segundo QS6000 da temporada. Kanoa Igarashi (EUA) a vencer no Brasil o seu segundo QS6000 da temporada. Foto: WSL/Smorigo segunda-feira, 07 novembro 2016 11:05

IGARASHI VENCE HANG LOOSE PRO E AGARRA A LIDERANÇA DO ‘QS

Norte-americano venceu o brasileiro Jadson André na final da Joaquina...

 

Depois do excelente desempenho de Frederico Morais no Hang Loose Pro Contest, no passado sábado, que resultou num excelente 5.º lugar final e em 2650 preciosos pontos amealhados para o ranking (ler mais aqui), foi mesmo o norte-americano Kanoa Igarashi quem venceu a 46.ª etapa da Qualifying Series da WSL disputada na Praia da Joaquina, Brasil.

 

Igarashi levou a melhor na final sobre um dos seus colegas do World Tour, o brasileiro Jadson André, que é um dos heróis locais e anda à procura de pontos para assegurar a manutençao na divisão principal do surf mundial. Sem grande história, na final o jovem californiano esteve sempre na liderança, agarrando as duas melhores notas da bateria (7.67 + 8.17) e cimentando assim a vitória no evento com um total de 15.84 pontos. Foi o segundo QS6000 que o jovem surfista americano venceu na presente temporada (o outro foi em Pantín, norte de Espanha, em setembro). 

 

Já Jadson, com 6.50 e 6.87 como as duas melhores ondas, não foi além de 13.37 pontos e teve que se contentar com o segundo lugar em Florianópolis. Griffin Colapinto, dos Estados Unidos, e Deivid Silva, do Brasil, foram os semifinalistas (3.º lugar ex aequo). 

 

No que diz respeito ao ranking do circuito mundial de qualificação, precisamente numa fase em que alguns surfistas do CT precisam de pontos para garantir a requalificação através deste circuito, Kanoa Igarashi galgou sete lugares e assumiu a liderança, destronando pelo caminho o italiano Leonardo Fioravanti que passou para o segundo lugar. 

 

Já o brasileiro, após esta etapa, subiu 36 lugares no ranking e encontra-se agora em 22.º lugar no ‘QS. Ainda assim, longe dos lugares de qualificação, mas com o pensamento já nas derradeiras duas etapas de categoria QS10000 que faltam disputar no Havai (o Hawaiian Pro e o Vans World Cup em Sunset Beach). 

 

- Kanoa Igarashi em ação no QS6000 da Joaquina que este ano celebrou 30 anos. Foto: WSL/Smorigo

 

Quanto a Frederico Morais, este subiu dez lugares (de 38.º para 28.º) após o Hang Loose Pro, mas o português anda à procura de pontos e vai ter que ir com tudo para as provas da Hawaiian Triple Crown. Kikas precisa substituir 1100 e 1050 pontos (conseguidos no Ballito Pro e no Azores Airlines Pro, respetivamente) por cerca de 6850 pontos para conseguir alcançar o top 10. Mesmo assim o português teria que esperar que os atletas do topo da tabela e outros que se encontram à porta não melhorassem a sua posição durante a perna havaiana.

 

Uma vitória no Havai (= 10 mil pontos), onde o português já se deu bem em temporadas anteriores, tendo feito uma final em Sunset Beach em 2013, seria garantia quase que imediata da tão ambicionada qualificação para o World Championship Tour. Não é de todo impossível, por isso, está tudo em aberto… 

 

Neste momento, no World Tour, Dusty Payne, Matt Banting, Davey Cathels, Jack Freestone, Alejo Muniz, Kai Otton, Adam Melling, Jeremy Flores e Alex Ribeiro têm a vida complicada no que toca à requalificação por esta via. Nat Young, em 22.º lugar neste momento, fecha os lugares de manutenção, mas, atenção, Keanu Asing (23.º), Kanoa Igarashi (24.º) e Jadson Andre (25.º) ainda podem ter uma palavra a dizer na última etapa. 

 

Se o ano terminasse agora, é verdade que Jeremy Flores, Kanoa Igarashi e Ryan Callinan estão fora do top 22 do WT, mas estariam requalificados via Qualifying Series. A requalificação para os australianos Jack Freestone e Davey Cathels, via WQS, neste momento em 15.º e 26.º lugares, respetivamente, também não é de todo impossível. Vida mais complicada tem Matt Banting, que está em 38.º lugar, e anda à procura de praticamente os mesmos pontos que Frederico Morais. 

 

Aos brasileiros Ian Gouveia (6.º) e Bino Lopes (7.º) falta assegurar um bom resultado para selar a qualificação de vez e acabar com todas as dúvidas. Por sua vez, intermitente está Jesse Mendes, no 10.º lugar, o brasileiro que venceu o QS10000 de Cascais, que precisa mesmo conseguir um resultado de enorme relevo no Havai. Já Connor O'Leary, Joan Duru e Ethan Ewing, 3.º, 4.º e 5.º classificados neste momento, estão praticamente com um pé no World Tour. 2017. 

 

O Havai está a chegar, as pernas começam a tremer, a primeira etapa tem lugar entre 12 e 23 de novembro, e ajudará, certamente, a clarificar as contas. 

 

Itens relacionados

Perfil em destaque

Scroll To Top