John John é um dos surfistas a seguir com atenção em 2014 John John é um dos surfistas a seguir com atenção em 2014 Terry Houston quinta-feira, 19 dezembro 2013 12:30

WCT 2014: O QUE AÍ VEM

Finalizada a época, é altura de olhar para o futuro

Mick Fanning campeão do mundo; Kelly Slater vai continuar no tour. Alicerçados nestes pressupostos, vamos analisar alguns aspetos a considerar para a época que terá início em Março do próximo ano.

 

Comecemos pelo calendário do próximo ano. Em 2014 vamos ter 11 etapas, mais uma do que na época que agora findou. A novidade é a segunda etapa, em Margaret River, na Austrália. Recorde-se que esta prova alternou no passado entre as categorias de "prime" e seis estrelas.

De resto, o calendário obedece à mesma lógica de 2013, com a passagem por Peniche a figurar no mapa. A prova portuguesa, cuja primeira edição data de 2009, com o australiano Mick Fanning a vencer a etapa. Já em 2010 foi Kelly Slater quem arrebatou o troféu do Rip Curl Pro. Adriano de Souza levou a comunidade brasileira residente em Portugal à loucura, quando levou para casa o primeiro lugar, na época de 2011. Julian Wilson também figura na lista de vencedores, com a vitória no ano de 2012. Esta época o topo do pódium foi para Kai Otton, ao bater Nat Young na final do evento. Portugal continua, assim, com uma das forças emergentes do circuito mundial, com Peniche a contar com, pelo menos, mais um ano entre os melhores eventos.


Aqui ficam as datas e os locais:

Quiksilver Pro Gold Coast (Austrália) – 1 a 12 de Março de 2014
Margaret River Pro (Austrália) – 2 a 13 de Abril de 2014
Rip Curl Pro Bells Beach (Austrália) – 16 a 27 de Abril de 2014
Billabong Rio Pro (Brasil) – 7 a 18 de Maio de 2014
Fiji Pro (Fiji) – 1 a 13 de Junho de 2014
Bali Pro (Indonésia) – 17 a 28 de Junho de 2014
Billabong Pro Teahupoo (Polinésia Francesa) – 15 a 26 de Agosot de 2014
Hurley Pro at Trestles (Estados Unidos) –  9 a 20 de Setembro de 2014
Quiksilver Pro France (França) –  25 de Setembro a 6 de Outubro de 2014
Moche Rip Curl Pro Portugal – 8 a 19 de Outubro de 2014
Billabong Pipe Masters (Havai) – 8 a 20 de Dezembro de 2014

OS COMPETIDORES

Entre os surfistas que vão competir na elite para o próximo ano, verifica-se um predomínio dos australianos, que contam com 13 atletas no WCT. Seguem-se os brasileiros com sete e os americanos com cinco. O Havai conta com três surfistas, e a África do Sul com dois. Da Europa surgem três atletas, a representar a Espanha/País Basco, a França e Portugal. Do Tahiti vem Michel Bourez fechar as contas.

Se analisarmos a última década do WCT, veremos que a lógica demográfica tem sido bastante consistente. Os números e percentagens de participantes que vão iniciar a próxima época têm sido praticamente os mesmos nos últimos dez anos, com a Austrália a manter o maior número de representantes. Os Estados Unidos perdem este ano para o Brasil, que paulatinamente, tem conseguido números cada vez mais consistentes, enquanto os surfistas europeus apresentam números mais baixos.

A lista de atletas e respetivas nacionalidades, para 2014:

Austrália: Mick Fanning, Joel Parkinson, Taj Burrow, Julian Wilson, Kai Otton, Josh Kerr, Adrian Buchan, Bede Durbidge, Matt Wilkinson,
Adam Melling, Mitch Crews, Dion Atkinson e Owen Right.               

Brasil: Adriano de Souza, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Miguel Pupo, Alejo Muniz, Jadson André e Raoni Monteiro.

Estados Unidos: Kelly Slater, Brett Simpson, Nat Young, Kolohe Andino e C.J. Hobgood.                             

Havai: John John Florence, Sebastian Zietz e Fred Patacchia.

África do Sul: Jordy Smith e Travis Logie

Tahiti: Michel Bourez

Portugal: Tiago Pires

Espanha/País Basco: Aritz Aranburu         

França: Jeremy Flores

O WCT é cada vez mais um fenómeno global, e também por esse motivo, o interesse de patrocinadores tem vindo a crescer exponencialmente. Em 2014, e pela primeira vez, a ASP centralizará todas as responsabilidades inerentes à organização do circuito mundial, como o marketing, a logística e a relação com os media. O objetivo definido passa por manter "os melhores surfistas do mundo, nas melhores ondas do mundo". A curva de crescimento da indústria parece imparável.

Com os jovens executantes que têm surgido nos últimos anos - onde se destacam a título de exemplo John John Florence, Gabriel Medina e Julian Wilson -, a competição levou uma injeção de novas manobras e novos caminhos. Os "putos" que têm surgido decidiram que a água não era suficiente e começaram a explorar cada vez mais as manobras aéreas, que levam ao delírio os entusiastas da modalidade, e que obrigam os mais experientes a tentar coisas novas.

Todavia, o surf progressivo e inovador não tem sido, para já, garantia de troféus. Os critérios de avaliação dos juízes no WCT têm caminhado precisamente no sentido de garantir o equílibrio entre o estilo, a força e a radicalidade das manobras. Sempre tendo em conta o contexto, ou seja, o tipo de onda surfada em cada evento.

O caminho para os mais experientes será tentar manter o seu surf "atualizado", e para os mais novos, procurar a consistência competitiva para lutar pelos títulos. Certo é que o WCT 2014 promete ser um dos melhores de sempre, com um nível competitivo elevadíssimo, cada vez mais espetacular e global. O sucesso no tour dependerá de uma simbiose perfeita entre o que é ser competitivo, frio e racional, com a capacidade de arriscar e surpreender.

Na SurfTotal cá estaremos para vibrar com cada evento, e trazer-vos todos os detalhes, todas as imagens e toda a emoção.


Ivo Gonçalves

 

 

 

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