Owen Wright a vibrar com mais um tubo perfeito em Teahupoo. Owen Wright a vibrar com mais um tubo perfeito em Teahupoo. WSL - Kirstin Scholtz sexta-feira, 21 agosto 2015 09:18

Como fazer tubos em Teahupoo? Owen Wright responde

O surfista australiano fala sobre a técnica para dominar os tubos numa das ondas mais temidas do mundo.

 

Owen Wright tem tido performances incríveis em Teahupoo, aquando da passagem do circuito mundial pelo Tahiti para a realização da etapa que faz parte do calendário da competição.

  

O actual Nº 5 do mundo dá-te dicas de como fazer os melhores tubos numa das ondas mais difíceis de surfar do planeta.


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“Quando vou para o line-up de Teahupoo só penso em “Vai!”. Se as ondas estiverem com 10 pés não podes pensar em mais nada. Por vezes, é importante reagirmos mais cedo à onda ao que chamamos “Getting Under” que consiste em colocarmo-nos um pouco por debaixo dela mais no inside e não hesitar senão sofremos um wipeout desde lá de cima.”

 

Remada
“Quando remas em Teahupoo e vês a parede da onda a levantar deves remar na diagonal. Se remares muito a direito o teu bottom turn vai ficar demasiado largo e vais perder o flow da onda.”

 

Tubos
“Os tubos que abrem mais são muito divertidos porque tens muito espaço para andar lá dentro. No entanto, tens aquela “foam ball” que vem atrás de ti. É um jogo do gato e do rato. Há ondas em que tens de subir mais na parede do tubo. Fiz algumas surtrips este ano e o observei como os Hobgoods surfam. Vi o Damien a fazer isso, comecei a experimentar e vi que resultava. Quando a onda dobra e faz aquela curva no final é bom subir, escapar da “foam ball” e deixar a onda empurrar-nos para a saída em direcção ao canal.”

 

Wipeouts
“Nos wipeouts nas ondas maiores não tens nenhum controlo lá em baixo. Andas ali a dar cambalhotas. É como se tivesses numa máquina-de-lavar gigante em velocidade turbo. Abres os braços e só tens de ter esperança para não embateres no recife. Não consegues ver nada com aquela espuma toda. É brutal! O ano passado nos wipeouts que mandei nem tive tempo de pensar em proteger a cabeça. A força da onda era demais e só andava ali a rodar. Bati no fundo e fiquei muito tempo debaixo d’água. Vim ao de cima e levei com outra onda. Já estava quase sem oxigénio.”

 

Kickouts
“Sais do tubo com tanta velocidade que fazes aquilo que surgir no momento. Se não conseguires agarrar o rail podes sair de uma forma meio pateta. Podes sair de cabeça, com o corpo ou saltar por cima da onda. Mas os melhores, penso eu, é quando nos elevamos em direcção ao céu. O ano passado brinquei um bocado com isso e quando saí de um tubo fiz uma espécie de deslizar com o corpo na superfície do mar.”

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