Pode haver quem já não se recorde mas antes desta versão descontraída de Jamie O’Brien, o havaiano já levou o surf profissional bem mais a sério. Basta recuar no tempo até ao início de 2000, altura em que o temperamento de JOB era ligeiramente diferente, tal como a abordagem ao surf… Desde o tempo em que teve alguns ‘desentendimentos’ com Kelly Slater no Twitter até à mudança de abordagem para o free surf.

Jamie, que completa este ano 32 anos em junho, reinventou-se, com a série Who is JOB, que entra no seu quarto ano. Foi a forma que encontrou para fazer da sua vida com os amigos no North Shore uma carreira.

“Hoje em dia toda a gente é meio hipster e ninguém quer ser divertido”, diz Jamie. “Toda a gente é tão séria! O surf perdeu aquela onda punk rock dos anos 90 e princípio de 2000, que fazia do desporto algo muito ‘cool’”.

Jamie sabe que a série ‘Who is Job’ trouxe um novo fôlego à sua carreira, “Deu-me algum impulso, definitivamente. Continua a ser uma carreira no surf, mas divertida. É o que ganhas por pensar ‘fora da caixa’. E as pessoas respondem bem a essa mensagem do ‘vamos fazer coisas parvas! Vamos surfar e divertirmo-nos! Toda a gente se relaciona com isso. Tenho pessoas de todas as idades a virem ter comigo falar da série. Os meus amigos podem não ser os melhores surfistas, mas ninguém se diverte como nós. Adoro. Todos os dias acordo e penso que isto é genial. Só penso nas coisas mais estúpidas que posso fazer”, garante na entrevista ao site da Red Bull.

“Vá lá, quantos aéreos 360 estes tipos vão fazer? Quantos tubos em Pipe? Não acham isso aborrecido? Eu acho! É apenas a minha opinião e as pessoas podem não gostar dela. Porque não tentar fazer um switch stance, ou surfar num SUP gigante? Fazer canoagem em ondas gigantes? Porque não?”, questiona, para deixar a ‘estocada’ final: “Vivemos o sonho, mas não estamos no Tour de sonho”.