Em entrevista ao site oficial da ASP, Gabriel Medina e Mick Fanning contaram tudo sobre como é partilhar casa numa altura em que ambos lutam pelo título de campeão mundial, em Pipeline.

Questionados sobre qual dos dois é o mais “irritante”, houve consenso. “Acho que eu o irrito mais do que ele a mim, porque acabo sempre por fazer mais barulho”, disse Medina. Mick concordou, “Ahahah! Ele passa o dia inteiro a voar o drone dele em todo o lado, aquela coisa não pára de nos chatear”.

Depois vieram os aspectos positivos em serem companheiros de quarto, em que ambos trocaram galhardetes. “Partilha casa com um tricampeão mundial, aprendes sempre a observá-lo. O Mick é um atleta exemplar”, começou Medina. “Poder ver o Medina surfar em frente a casa. Estamos sempre à espera de vê-lo fazer coisas loucas”, disse Mick.

Sobre o que mais os surpreende no colega de equipa. Para Medina: “Eu aprendo a seguir exemplos, e ele ensinou-me a vontade de treinar e trabalhar”. Para Fanning: “O que me espanta mais neste momento é a dimensão do estrelato que ele alcançou no Brasil”.

Coisas em comum, e características diferenciadoras? Medina responde: “ambos gostamos de competir, a grande diferença é que ele já foi campeão do mundo e eu não”. Para Mick “ambos adoramos surfar, obviamente, e temos fortes ligações com a nossa família. As grandes diferenças são culturais, mais do que tudo”.

Partilharem espaço e tempo juntos leva a que sejam influenciados um pelo outro? Para Gabriel Medina, sim. “Ele influenciou-me na forma como se prepara para os campeonatos. A sua rotina de treino, é um atleta exemplar, muito experiente e maduro, o que o torna favorito - tal como o Kelly”. Fanning considera o brasileiro “Mortífero. É bom em todas as condições e adoro os seus aéreos. Estrategicamente aprendi a não o deixar aproveitar nada no inside com prioridade, porque ele consegue transformar uma onda de m**** numa pontuação monstruosa”.

Mick Fanning não hesitou, quando confrontado com o que espera para o futuro do brasileiro. “Só vejo coisas boas no horizonte do Gabriel. É super talentoso e motivado. Se continuar a melhorar, vai ganhar títulos mundiais e ter uma estátua ao lado do Cristo Rei no Rio de Janeiro”, concluiu.

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