Clyde Aikau, lenda viva do surf havaiano, faleceu em casa, em Waimanalo (Oahu), aos 75 anos.

Nascido em Maui em 1949, Clyde era o irmão mais novo de Eddie Aikau, mítico big rider que desapareceu no mar em 1978 durante uma viagem no histórico vaivém Hōkūleʻa. Unidos por uma ligação profunda ao oceano e à cultura havaiana, os irmãos Aikau tornaram-se referências incontornáveis do surf mundial e defensores da tradição dos watermen.

Clyde destacou-se desde cedo no surf de ondas grandes. Aos 15 anos já vencia competições em Waikiki e, em 1973, tornou-se o primeiro havaiano nativo a vencer o Duke Kahanamoku Classic, realizado em Waimea Bay — o mesmo palco onde, em 1986, venceu a primeira edição do Quiksilver in Memory of Eddie Aikau, competição criada em homenagem ao seu irmão.

Mais do que surfista, Clyde foi também Salva vidas no North Shore, velejador, professor e fundador de uma academia de surf dedicada a passar os valores do oceano e da cultura havaiana às novas gerações. Manteve-se ativo no surf de competição até aos 50 anos, tendo inspirado inúmeros atletas a enfrentarem Waimea com coragem e espírito de Aloha.

A comunidade do surf internacional já reagiu com pesar à sua partida.Também o presidente da câmara de Honolulu, Rick Blangiardi, prestou homenagem a um “competidor feroz” que sempre se destacou pela humildade.

O seu filho, Haʻa Aikau, despediu-se emocionado nas redes sociais: “Vou sentir a tua falta, pai. Obrigado por tudo. Prometo representar. Até já.”

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A memória de Clyde viverá para sempre nas ondas de Waimea, no dedilhar da guitarra slack key e na alma de todos os que enfrentam o mar com paixão e respeito.