Número de mulheres no Championship Tour vai aumentar em 2026
Vão passar a estar 24 mulheres em prova.
A World Surf League acaba de anunciar que vai aumentar o número de participantes femininas para o Championship Tour a partir de 2026. Neste momento, a categoria feminina do CT é composta por 18 atletas, e passará a ser composta por 24. Serão, ainda, menos do que os atletas masculinos, que são atualmente 35. Em comunicado, a WSL argumenta que "as prestações das mulheres e o compromisso de apoiar o progresso" levou a esta decisão, trazendo "mais oportunidades para as mulheres competirem ao mais alto nível".
Com o novo formato, o quadro feminino de 2026 incluirá as 14 melhores surfistas do CT, as sete melhores qualificadas do Challenger Series, duas Wildcards de Temporada da WSL e uma Wildcard de Evento. Esta medida junta-se a outros esforços da WSL de garantir igualdade entre as categorias masculina e feminina, como os prize moneys iguais que existem desde 2019 e o calendário combinado de eventos do Tour que surgiu em 2022.
Atletas reagem à "ótima notícia"
“Estou super entusiasmada por ver este número a crescer,” disse Caity Simmers, Campeã Mundial de 2024. “O surf feminino é algo especial. Quero ver mais e acho que muitas outras pessoas também querem. Estou mesmo ansiosa por ter mais das minhas amigas no Tour. Acho que o mundo merece ver o quão épico é o surf delas e a forma como se esforçam. Estou muito feliz que elas tenham mais oportunidades para brilhar.”
Stephanie Gilmore, oito vezes campeã mundial, reagiu à "ótima notícia", dizendo que “é um sinal dos tempos e reflete a profundidade de talento no surf feminino. Estou constantemente maravilhada com o progresso e o número crescente de mulheres a praticar surf em todo o mundo. O futuro é promissor.” Já Sally Fitzgibbons, com 15 anos de Tour, defende que "em todo o mundo, as mulheres estão a elevar o nível cada vez que entram na água e, no Tour, estamos a ver heats intensos e rivalidades ferozes. É isso que todos querem ver. Estou super entusiasmada que isto esteja a acontecer.”
A Campeã Mundial de 2023 e Medalhista de Ouro Olímpica Caroline Marks recorda que a sua “primeira vitória num evento foi também a primeira competição a ter prize money igual, o que foi um grande passo em frente. É espetacular pensar que, tal como eu pude seguir a minha carreira sem ter de me preocupar com a igualdade de prémios, as futuras surfistas terão uma chance muito melhor de entrar no Tour e viver o seu sonho sabendo que há um lugar para elas.”