A torre de juízes construída em Teahupo'o para os Jogos Olímpicos, motivo de grande controvérsia, foi desmantelada após um ano da sua construção. Será agora armazenada, para ser reinstalada em futuras competições. 

O contexto da construção desta torre e da polémica em torno prende-se com o facto de o Comité Olímpico Internacional (COI) e o governo francês terem considerado que a torre de madeira já existente, utilizada para os eventos da WSL, não cumpria os requisitos necessários para ser utilizada em contexto olímpico. Assim, o plano inicial era substituí-la por uma grande torre de alumínio sobre novos alicerces de betão.

A comunidade local e os surfistas opuseram-se a esta decisão e, com Matahi Drollet como porta-voz, organizaram-se de modo a fazer pressão para que se procurassem alternativas. Ainda que os atletas olímpicos não se tenham juntado tão abertamente a este movimento, a causa ganhou grande apoio a nível internacional, fazendo com que o COI, em conjunto com o governo polinésio, reduzisse as dimensões da torre. 

Tahiti Pro em risco?

No entanto, devido a um acidente com uma embarcação que encalhou durante a construção, o coral foi danificado. As obras foram suspensas durante algumas semanas, e a ISA pronunciou-se contra as mesmas, mas estas acabaram por retomar, levando à finalização da torre. A polémica parecia estar resolvida, mas agora sabe-se que o aumento dos custos de montagem e desmontagem da plataforma poderá pôr em risco a realização do Tahiti Pro.

"A WSL nunca vai querer pagar esse preço", afirmou Moana David, reconhecido surfista de Teahupo'o.