O assassinato dos australianos Jake e Callum Robinson e do norte-americano Jack Carter, três surfistas que estavam em viagem em Ensenada, no México, ainda tem pontos por esclarecer. O desenvolvimento mais recente é que foi o cartel de drogas Sinaloa que denunciou os suspeitos do crime à polícia. A alegação é de que a organização criminosa decidiu entregar os suspeitos à polícia para não atrair "atenção indesejada". Segundo o Daily Beast, que publicou a notícia, a informação foi dada por um membro do cartel, que não se identificou.

"Eram apenas ladrões de baixo nível a agir sozinhos", disse alegadamente a fonte, "Descobrimos que a polícia estava à procura das vítimas e também começou a procurar os responsáveis. Ligámos às autoridades para informá-los de onde os encontrar." A polícia prendeu três pessoas na investigação, tendo o primeiro suspeito sido acusado de desaparecimento forçado.

"Pelo crime de desaparecimento forçado cometido por particulares, a Procuradoria-Geral de Baja California conseguiu a conexão ao julgamento de Jesús Gerardo 'N', também conhecido como 'El Kekas', que permanecerá em detenção preventiva após o seu envolvimento no crime cometido em detrimento de dois irmãos de origem australiana e um americano em Ensenada", afirmou o comunicado da Procuradoria-Geral de Baja California.

Apesar de as autoridades mexicanas descreverem esta situação como um crime isolado, há pelo menos um ex-funcionário da Polícia de Ensenada que considera que a história "não faz sentido", segundo relatou à ABC Austrália. "A minha experiência diz-me que se queres roubar carros, não cometes depois mais crimes violentos, disse Jesus Luna Lezama à ABC. Segundo ele, o ocorrido tem os típicos "traços do crime organizado".