Foi concluída a primeira fase da construção da nova torre de julgamento de alumínio a ser usada nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Desde que foi anunciado, o projecto foi recebido com enorme resistência por parte da comunidade local, surfistas e activistas ambientais, preocupados com o impacto negativo que a construção teria para o ambiente e para o dia-a-dia da população. Foram organizados protestos e campanhas online, foi criada uma petição que chegou a mais de 255000 assinaturas, e houve diálogo entre os manifestantes e as autoridades competentes, mas o Comité Olímpico optou pelo avanço da obra.

A próxima fase da construção consiste em montar a torre pré-construída nos alicerces que já foram colocados no recife de coral. Este trabalho terá início a 11 de Maio, e a previsão é de que a torre fique pronta a 13 de Maio. Barbara Martins Nio, responsável pela sede dos Jogos Olímpicos de no Tahiti, explicou que "a supervisão das obras por parte das equipas que usam a torre há 20 anos, a abertura do quiosque de informações e a consulta local sobre questões 'ambientais e patrimoniais' favoreceram o retorno à calma". 

Da parte dos opositores do projecto, Cindy Otcenasek, presidente da organização ambiental Vai Ara O Teahupoo, declarou: "Deitámos a toalha ao chão". Acrescentou que fizeram "tudo o que era possível dentro dos limites da lei". 

Os Jogos Olímpicos de Paris decorrem entre 26 de Julho e 11 de Agosto. A janela de espera para a modalidade de surf, que decorrerá em Teahupo'o, é entre 27 de Julho e 4 de Agosto. A representação portuguesa do surf nos Jogos Olímpicos estará a cargo de Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot.