"É provável" que as partículas de plástico que invadiram a costa da Galiza cheguem e Portugal, avisa especialista via CNN quinta-feira, 11 janeiro 2024 15:09

"É provável" que as partículas de plástico que invadiram a costa da Galiza cheguem e Portugal, avisa especialista

Comissão Europeia adverte que este incidente constitui uma "ameaça para o ambiente". 

 

 

A 8 de Dezembro de 2023, um cargueiro com a bandeira da Libéria perdeu seis contentores em águas portuguesas - a 80 quilómetros de Viana do Castelo. Um desses contentores levava, segundo o Governo Espanhol, mil sacos com 25 toneladas de minúsculas bolas utilizadas na fabricação de plásticos, também chamadas de pellets. Agora, as autoridades da Galiza ativaram um alerta ambiental, com a chegada deste material à sua costa.

A Comissão Europeia alertou que estes pellets de plástico no mar e na costa "ameaçam o ambiente e atividades económicas como a pesca". Virginijus Sinkevičius, porta-voz da Comissão Europeia, lembra no entanto que os governos são responsáveis por agir de imediato, enquanto as instâncias europeias se focam nas soluções a médio e longo prazo. O Governo Espanhol - que ativou o plano territorial de contingência por contaminação acidental - afirma que estas partículas, por serem de plástico, devem ser retiradas da costa, mas reitera que não são perigosas - no entanto, ainda não são conhecidos todos os impactos que estes microplásticos têm na saúde humana. 

 

Possível chegada dos pellets a Portugal pela Primavera

 

As autoridades portuguesas estão a acompanhar a situação, e preparam um plano de acção, "que envolve várias entidades como as autarquias", segundo explicou a Autoridade Marítima Nacional" em declarações à CNN Portugal

O investigador português Bordalo de Sá afirma que o facto de os pellets ainda não terem chegado a Portugal deve-se às correntes dominantes que "neste momento são para norte", e que quando a direcção das correntes mudar, "lá para a Primavera", a chegada deste plástico à costa portuguesa "é provável". Bordalo de Sá apela à activação de um plano de contingência nacional, assim como os pescadores de Viana do Castelo e Caminha, que têm manifestado a sua preocupação com o ocorrido. 

 

 

 

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