Surfista australiano e estrela do free surf Margo sobre a WSL - Um desserviço ao surf profissional
No podcast Surf Splendor.
O surfista profissional australiano e estrela do free surf Brenden Margieson, mais conhecido como Margo, sentou-se recentemente com David Lee Scales, apresentador do podcast Surf Splendor, para partilhar algumas das suas opiniões quanto ao estado actual da WSL e do Championship Tour, e à importância do estilo no surf. Com uma carreira extensa e amplamente respeitada tanto na competição como no free surf - tendo sido considerado o Melhor Free Surfer do Mundo em 1998 e 1999 pela revista Surfing Life -, Margo tem uma perspectiva única e valiosa sobre a evolução do surf nos últmos anos.
Responsável pela coroação dos campeões mundiais e com um papel fulcral no mundo do surf, a WSL tem apoiadores e críticos, e Margo está do lado dos críticos. Os seus problemas com o CT começam com a qualidade das ondas no Tour: "[os atletas] deveriam estar a surfar em ondas muito melhores", afirma. Em resposta, Scales teorizou que, em tempos, o surf resumia-se à ideia de "homem vs. natureza". A sua opinião é de que a competição já não tem essa visão. "Temos pilotos de F1 em carrinhos de golfe", diz, referindo-se a atletas como John John Florence e Kelly Slater.
Margo e Scales criticam também o formato da Finalíssima agora em vigor, opinando que reduzir o evento a cinco atletas é menos entusiasmante, e que Trestles, apesar de ser uma onda boa o suficiente para integrar o Tour, não deveria ser o palco do último evento do ano. Margo acredita que a WSL está "perdida quanto a onde quer levar o surf". Tece também comentários sobre a importância dada aos aéreos na competição, em detrimento de uma onda com mais variedade de manobras. O atleta ressalta a importância que dá ao estilo no surf, e lamenta que isso não seja tão valorizado por alguns surfista no Tour.