Quanto mais o surf evolui e quanto mais a tecnologia avança, mais comum é ver comunidades a formar-se à volta da prática do surf em zonas onde não há sequer mar. Mas na Hungria, país inteiramente sem costa, o surf não é uma realidade assim tão recente. Para além dos surfistas de ascendência húngara, como Miki Dora, Brad Gerlach ou Zoltan Torkos, que marcaram a história do surf mundial, existe uma comunidade surfista com mais de vinte anos de existência na Hungria, composta por centenas de homens e mulheres e talento por descobrir. 

Esta comunidade enfrenta alguns desafios no desenvolvimento do desporto no país, nomeadamente devido a uma federação desinteressada, um "peso morto" que, segundo os surfistas do país, não faz nada pelo avanço do surf e não comunica com a comunidade. Os surfistas têm tomado medidas legais contra a federação, e juntaram-se à Federação de Windsurf como uma forma de se fortalecerem. Entretanto, voltam-se para a comunidade surfista internacional, e em particular à ISA, com um pedido. 

Através deste vídeo, os surfistas da Hungria argumentam que têm tudo o que é preciso para se juntarem aos World Surfing Games: os atletas, o talento, a garra e o espírito. Afirmam estar cientes de que não se vão qualificar tão cedo para os Jogos Olímpicos - por agora, tudo o que querem é estar incluídos na comunidade mundial, divertir-se, e ter a oportunidade de desenvolver o desporto. "O surf húngaro está bem", relata o vídeo, "mas pode ficar muito melhor com a vossa ajuda".