Carissa Moore fala sobre o "tempo, esforço e compromisso" necessários para dominar Pipeline
"Aos 31 anos, sinto que ainda estou a começar".
O Vans Pipe Masters 2023 culminou com as vitórias de John John Florence e Moana Jones Wong. Carissa Moore, que esteve à frente do leaderboard feminino até chegar à final, onde ficou em 3º, recorreu às redes sociais para reflectir sobre os desafios de surfar Pipeline, o esforço necessário para fazê-lo bem, e a evolução do surf feminino nesta onda, fruto das maiores oportunidades e incentivos para lá surfarem.
"Pipeline é assustadora", começou por dizer, admitindo também o medo e ansiedade que sente quando rema ali. "Não sei se surfar esta onda é algo natural para alguém, definitivamente não o é para mim". Há vários surfistas que fazer com que o surf em Pipeline pareça fácil, mas Carissa relembra que esses sutfistas dedicaram muito "tempo, esforço e compromisso para estarrem confortáveis com o desconfortável". Afinal de contas, Pipeline "é uma das ondas mais difíceis e desafiadoras do mundo", e é preciso "baixar a cabeça e trabalhar".
Moore nota que, enquanto crescia e se desenvolvia enquanto surfista, "não tinha muitos incentivos para surfar em Pipeline" - uma realidade certamente sentida por várias atletas da sua geração, que se profissionalizaram numa altura em que as competições em Pipeline para mulheres eram raras, e os prize moneys eram menores. Hoje, "com um maior número de eventos femininos nos últimos tempos", Carissa tem-se sentido inspirada "ao ver o progresso" das mulheres.
"Aos 31 anos, sinto que ainda estou a começar", confessa. "Tenho tanto para aprender e melhorar nos meus tubos de backside, e tenho que ganhar mais confiança em ondas pesadas". Carissa manifesta ainda a sua admiração "pelas mulheres e raparigas que arriscaram durante este evento, especialmente no dia das finais". A surfista agradeceu ao evento pela oportunidade e deu os parabéns a Moana Jones Wong, a "Rainha de Pipeline", pela vitória.
"Mal posso esperar para ver como as mulheres continuarão a desafiar os limites daquilo que é possível nos próximos anos".