Hunter Jones desafia surfistas a conectarem-se através das suas diferenças
São essas diferenças que tornam o lineup interessante.
Há bastante pouco tempo atrás, não se discutia sequer a possibilidade de mulheres competirem em Pipeline. E, apesar de haver ainda muito caminho a percorrer em termos da celebração da diversidade no contexto do surf profissional, a verdade é que a popularidade deste desporto atingiu proporções gigantescas e hoje em dia pode ser um pouco mais difícil traçar o perfil do surfista comum - afinal de costas, às vezes parece que toda a gente faz surf nos dias de hoje.
E essa nova diversidade que se vai começando a ver nos lineups vem desafiar alguns aspectos sobre o surf que até então pareciam estar escritos em pedra - aspectos ligados ao localismo, à conduta na água, ao olhar sobre o outro, e, quem sabe, ao próprio espírito do surf? Cabe a cada surfista receber esse desafio e decidir o que fazer com ele.
Neste caso, Hunter Jones decidiu abraçar o desafio e convidar outros surfistas a conversar e a deparar-se com as diferenças que compoem o lineup e o tornam cada vez mais interessante. Essas diferenças, que poderiam ser um motivo de hostilidade e afastamento, tornam-se veículos de conexão quando colocadas em cima da mesa, acompanhadas por uma cerveja.