A surfista prodígio  Erin Brooks, viu a sua candidatura à cidadania canadense rejeitada pelo governo federal. A surfista prodígio Erin Brooks, viu a sua candidatura à cidadania canadense rejeitada pelo governo federal. (Dom Domic/Surf Canada/The Canadian Press) segunda-feira, 23 outubro 2023 08:42

Canadá nega o pedido de Cidadania à surfista Erin Brooks

Jovem de 16 anos, medalha de prata no mundial da ISA, esperava representar o Canadá em Paris 2024

Brooks, de 16 anos, nasceu no Texas e cresceu no Havaí, embora tenha laços Canadianos por meio do seu pai americano, Jeff, que tem dupla nacionalidade americana-canadiana, e do seu avô, que nasceu e foi criado em Montreal.

Brooks esperava garantir sua cidadania e representar o Canadá nos jogos Olimpícos de Paris do próximo ano. 

 

Jeff Brooks, a beija na testa da sua filha depois de fazer uma oração antes de desta entrar para surfar em Pipeline no Hawaii. / csasurfcanada.org

 

Brooks é considerada por muitos como uma das favoritas para ganhar uma medalha nas Olimpíadas devido à sua técnica a surfar em Teahupo'o, no Taiti, onde o evento olímpico de surf será realizado em 2024.

 

A jovem surfista conquistou a medalha de prata nos ISA World Surfing Games em El Salvador, em junho, e o ouro nos ISA World Junior Championships, em junho de 2022.
 
 

As leis para se conseguir nacionalidade no Canadá são complexas, embora no essencial o projecto de lei C-37 de 2009 daquele país, pôs fim à extensão da cidadania às segundas gerações nascidas no estrangeiro.

 

Numa carta a explicar a sua decisão de não conceder uma “concessão discricionária de cidadania”, a Immigration, Refugees and Citizenship Canada afirma que Brooks não cumpriu os requisitos.

 

“O pedido é recusado com base no fato de que o requerente não é apátrida, não passou por dificuldades especiais ou incomuns ou prestou serviços de valor excepcional ao Canadá que justifiquem uma concessão discricionária de cidadania canadense”, afirma a carta.

 

 

Erin quando conquistou o título mundial ISA

 

A Federação de Surf do Canadá diz que Jeff Brooks pretende recorrer da decisão ao Tribunal Federal.

“Ela quer surfar [pelo Canadá] porque quer representar sua família e sua herança”, disse Jeff em entrevista esta semana, antes da decisão do governo. “E tem sido uma batalha difícil… Mas estou orgulhoso de que ela esteja firme e queira passar por todo o processo e dar tudo o que tem.

"Nós conversamos sobre isso. Se não der certo e ela tiver que se afastar um dia do Canadá, ela pode fazer isso com a cabeça erguida, sabendo que deu tudo o que tinha e tentou o seu melhor para representar o país ao qual ela se sente mais ligada."
 
 
A decisão é um golpe para a família Brooks.

A casa de em Lahaina, em Maui, incendiou-se durante os recentes e trágicos incêndios florestais e a mãe de Brooks está a lutar contra um cancro. 

“Erin teve muitas coisas para lidar, obviamente”, disse Jeff. “Esta [cidadania] é algo sobre a qual não temos controle, assim como o cancro ou o incêndio. Erin e eu conversamos sobre isso e dissemos: vamos nos concentrar apenas nas coisas que podemos controlar, que é o surf e seu treino e manter um mentalidade positiva e estarmos abertos ao resultado, não importa qual seja."

 

Poderá Erin ainda vir a representar os Estados Unidos da América?

“Se isso não for feito a tempo, teremos que nos sentar e reavaliar onde estamos assim que este ciclo olímpico passar”, acrescentou. “Seria definitivamente uma grande decepção perder esta chance das Olimpíadas, especialmente depois de trabalhar tanto. Quero dizer, ela é a segunda surfista internacional com melhor classificação no momento nos Estados Unidos.

“Perder esta oportunidade aos 16 anos seria muito devastador. Mas, ao mesmo tempo, ela sabe que tem uma longa carreira pela frente.”

 

 

 

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