Quem escolherias para ser o próximo CEO da WSL?
Se fosse o público a escolher...
A WSL tem passado por alguns momentos atribulados ultimamente, nomeadamente a saída repentina de Erik Logan do cargo de CEO. A escolha de uma nova cara para o cargo não funciona como uma democracia, e nós, o povo surfista, não teremos voto na matéria. Mas e se tivéssemos?
Não há falta de opiniões e argumentos por parte do público contra ou a favor de determinados nomes que poderiam assumir o papel de CEO da WSL. Com base nesses argumentos, a The Inertia seleccionou três dos nomes mais citados, que parecem ter em comum o facto de conhecerem muito bem a indústria e de serem eles próprios surfistas. A essa lista, a Surftotal adicionou também algumas hipóteses, com base nos mesmos critérios.
Kelly Slater, o surfista mais surfista
Com décadas de carreira competitiva e onze títulos mundiais, Slater não tem rivais se "ser bom surfista" for um critério. Com 51 anos e ainda no CT, Kelly atravessou várias fases da WSL e experienciou tudo do ponto de vista de quem mais importa, o atleta. Isso dar-lhe-ia uma perspectiva única no momento de liderar a organização. Além disso, Slater tem experiência vasta em diversos ramos da indústria, tendo criado marcas de roupa, calçado e material de surf, e tendo criado criado uma empresa de ondas artificiais, utilizada pela própria WSL.
O grande senão desta escolha seria talvez a relutância do próprio Kelly. Será que o GOAT aceitaria abdicar de surfadas épicas para marcar presença em reuniões e conferências de imprensa?
Bob Hurley, um nome incontornável
Bob Hurley tem uma carreira de enorme sucesso na indústria do surf, responsável pelo êxito de quatro marcas de surf - a mais reconhecível de todas é a Hurley, fazendo deste um nome incontornável na indústria. Bob também é shaper, facto que dá conta do seu conhecimento e envolvência no mundo do surf.
No entanto, Bob Hurley tem neste momento as mãos cheias com a Florence Marine X, com os seus filhos, John John Florence e Pat O'Connell. Muito dificilmente o veríamos a abandonar esse projecto para assumir o cargo na WSL.
Barton Lynch, eloquência e entertenimento
Ainda que seja uma escolha que provavelmente agradaria a grande parte do público, seria uma via um pouco fora da caixa. Barton Lynch é articulado, eloquente e muito conhecedor do meio do surf, e não se inibe de dizer o que pensa - nunca se inibiu, por exemplo, de criticar a WSL, o que faz desta uma hipótese caricata. Ainda assim, a escolha deste nome para CEO da WSL tem os seus pontos positivos: Lynch é bem conectado e respeitado na indústria, e teria a visão para garantir que a WSL produzisse conteúdo apelativo e vendável, sem deixar os atletas para segundo plano.
E se o CEO da WSL fosse português?
Aos nomes seleccionados pela The Inertia, a Surftotal acrescenta algumas opções:
Se formos pela via de surfista com carreira profissional no surf que ao mesmo tempo são extremamente conhecedoras dos bastidores, temos nomes como Adrian "Ace" Buchan, que tem onze anos de carreira no CT. Em 2022 tornou-se vice-presidente da Surfing Australia, além de ter sido WSL Surfers Representative e de ter estado no WSL Board por 5 anos. Uma outra escolha lógica seria Jessi Miley-Dyer, também ela com carreira competitiva, e actual Chief of Sport da WSL, tendo já ocupado diferentes cargos dentro da organização.
Ou então, temos uma opção mais próxima de casa: Francisco Spínola, que preenche os requisitos necessários desta lista: é surfista, é conhecedor da indústria, e é conhecedor da WSL em si, sendo que é ele o actual Director Geral da WSL Europa, África e Médio Oriente, além de organizar desde 2009 a etapa portuguesa do CT.
Que outros nomes escolherias para assumir o cargo de CEO da WSL?