Stephanie Gilmore, Layne Beachley e Lisa Andersen - As atletas que viraram o jogo do surf feminino
As mulheres que abriram o caminho até aqui.
Lisa Andersen foi quatro vezes campeã mundial. Layne Beachley e Stephanie Gilmore foram sete vezes cada uma. Somando os títulos de todas, receberam 40% de todos os Títulos Mundiais femininos já distribuídos. São feitos impressionantes, vindos de atletas impressionantes, que têm mérito por si só. Mas uma das características de se ser uma mulher bem-sucedida num meio dominado por homens é que, muitas vezes, os feitos individuais de uma acabam por ser, de alguma forma, vitórias colectivas.
Com estas três atletas, foi isso que aconteceu. Tenha sido de propósito ou sem querer, o facto é que as conquistas de cada uma reverberaram em vários cantos da indústria do surf. Estas mulheres mostraram que o surf feminino tinha qualidade e devia ser levado a sério; que as atletas tinham o mesmo mindset de vencedoras que os seus colegas na categoria masculina; cada vitória fez voltar a cabeça de um jornalista, de um fotógrafo, de um patrocinador, de um fã, de uma menina pequena com o sonho de ser surfista.
Bem vistas as coisas, foram mulheres como Stephanie, Lisa e Layne que levaram a WSL à decisão de implementar a igualdade de prize-money nos eventos da organização. Há um longo caminho a percorrer para que se atinja a igualdade plena entre homens e mulheres no surf. Mas o que é certo é que hoje é em dia uma carreira no surf feminino é viável. O sonho não é descabido. E se as mulheres hoje podem sonhar, sabemos que é às próprias mulheres que temos que agradecer.