Barron Mamiya nunca pensou numa alternativa diferente para a sua vida. Era do surf que ia viver, custe o que custar. Nunca teve um plano B e sempre acreditou que com trabalho e persistência alcançaria os seus objectivos. Mas, em entrevista para a The Inertia, o atleta partilhou que não acreditava que entraria para o CT 2022 tão cedo. 

De facto, foi um caminho incomum até ao Tour. Depois de ter estado perto da qualificação em 2019, e depois de um hiato por causa da pandemia, Mamiya recebeu a sua oportunidade na forma de um wildcard para a etapa de Pipeline. O atleta acreditava que teria um bom resultado aí, mas acabou por perder cedo. Mesmo assim, recebeu um wildcard para Sunset Beach, para onde ia sem quaisquer expectativas, acreditanto que não era a onda onde se dava melhor. Acabou por vencer, e durante uns tempos foi o #1 do ranking, mesmo sem fazer parte do CT.

WSL / Tony Heff

"Aconteceu tudo muito rápido", conta, "e apanhou-me desprevinido, mas agora já absorvi tudo e estou muito feliz por estar nesta posição". Mamiya acabou por competir em toda a primeira metade do CT como wildcard, e conseguiu manter-se dentro do mid-season cut. De G-Land para a frente, o surfista já era oficialmente parte da elite. 

Tendo falhado apenas a etapa do Rio de Janeiro, Barron Mamiya está agora em 15º lugar no ranking do CT. Na etapa Final de Trestles só competem os cinco primeiros nomes do ranking, e a luta é acirrada. De todo o modo, uma coisa é certa: vamos voltar a ver o atleta no Tour em 2023. Não passou pelos caminhos usuais para lá chegar, mas o facto é que lá está e isso já ninguém lhe tira.