No novo episódio de "Lost Tapes" Slater compete em J-Bay e tenta reencontrar a alegria de surfar
Kelly Slater é um ser humano "quase" igual aos outros.
Pode não parecer às vezes, mas Kelly Slater é humano. Apesar de ter sido 11 vezes campeão mundial, de ter vencido a etapa do CT em Pipeline na véspera de fazer cinquenta anos, e de continuar a surfar com uma jovialidade comparável à dos seus colegas de carreira duas décadas mais novos, Slater é apenas uma pessoa. Até ele próprio pode de vez em quando esquecer-se, e precisa de ser relembrado: a idade, por exemplo, pode não parecer um factor relevante para ele, que ainda se sente jovem, mas mais cedo ou mais tarde ela começa a pesar.
E como qualquer humano, Kelly também passa pelos chamados "mental funks", compostos por ansiedades, preocupações e problemas. A treinar para a etapa de J-Bay em 2019, na qual ficou em 9º lugar, o GOAT reflectiu sobre a dificuldade que às vezes tem em encontrar a diversão no surf. A diversão, afinal de contas, é o motivo principal que leva uma pessoa a surfar, mas quando uma paixão é também uma carreira, a leveza inicial pode perder-se.
Então Kelly compromete-se em reencontrar esse diversão, acreditando que isso o vai ajudar a obter bons resultados. No entretanto, fica a conhecer algumas jovens integrantes do projecto social "Surfers Not Street Children", para quem o surf ainda é pura diversão, além de uma ferramenta capaz de mudar vidas.