Kelly Slater estava em Bali quando recebeu a notícia de que Sunny Garcia estava em risco de vida. O pior cenário possível acabou por não se concretizar, mas Slater sentiu a dor de ter feito o luto, como se de facto já se tivesse despedido do seu amigo.

Inspirado pela força de Sunny Garcia, Slater canalizou tudo o que sentia para a competição, que terminou em 3º lugar. Pode não parecer nada de mais para um atleta que já foi campeão mundial onze vezes, mas Slater atravessava um momento menos brilhante em termos de competição. Ser o melhor do mundo vem com muitas pressões associadas, principalmente quando se é um atleta a chegar aos 50 anos. De um lado, Kelly ouvia que já estava na hora de se reformar, que já não tinha o surf em dia. De outro, ouvia aqueles que lhe diziam que devia aguentar-se no Tour até aos 50.

Kelly atribui a sua prestação em Bali em parte às notícias que recebeu sobre Sunny Garcia e aos sentimentos que daí surgiram. Mas também dá crédito a todas essas vozes que se levantavam para opinar sobre a sua idade e a sua capacidade de competir, e explica como transformou essa pressão em combustível.