Viana do Castelo recebeu o 2º encontro INCLUSEA, que trabalha para inovar o ensino do surf adaptado
Este é um projecto europeu cofinanciado pelo Erasmus+ Sport.
Nos passados dias 27, 28 e 29 de Abril, o Centro de Alto Rendimento (CAR) de Surf de Viana do Castelo recebeu o segundo encontro transnacional INCLUSEA, um projeto europeu cofinanciado pelo Erasmus+ Sport que tem o objectivo de “criar e desenvolver uma metodologia inovadora para o ensino do surf adaptado”.
Este encontro marcou o início da fase de estruturação do ensino de surf adaptado na Europa, pretendendo melhorar os benefícios de saúde e bem-estar dos participantes e promover uma maior inclusão no surf para pessoas com deficiência, seja para fins competitivos, recreativos e/ou terapêuticos, e uma maior igualdade de oportunidades. A Praia do Cabedelo e o CAR Surf Viana foram escolhidos pelos parceiros como palcos perfeitos para testar as metodologias definidas pelo projecto.
O INCLUSEA está agora na segunda fase de desenvolvimento, procurando uniformizar a formação do surf adaptado, com base em evidências científicas e na experiência prática recolhidas na primeira fase, de forma a que, no futuro, possa beneficiar tanto os indivíduos com deficiência como os clubes, as escolas e os treinadores de surf. A primeira fase do projeto centrou-se num estudo sobre o estado da arte do conhecimento e metodologias aplicadas no ensino/formação de surf adaptado a nível mundial.
Chefe de fila do projecto considera que Viana do Castelo "colocou a fasquia muito alta"
“Pudemos partilhar conhecimentos e experiências de surf adaptado com os parceiros europeus de cinco países diferentes", afirmou Javier Cantera, chefe de fila do projecto. "Pela primeira vez, colocámos em prática as bases teóricas sobre as quais esta metodologia inovadora está sendo desenvolvida para treinar pessoas com deficiência física e sensorial e, através do surf, ajudá-las a conetarem-se com o ambiente marinho e os benefícios que as ondas proporcionam".
“Conhecemos e conversámos com alunos do CAR Surf, desde surfistas iniciantes com deficiência mental a competidores como a atual campeã mundial de Para Surfing, Marta Paço. Surfámos às cegas e vivenciámos as dificuldades e desafios enfrentados pelos surfistas adaptados e seus instrutores, tendo que readaptar os nossos sentidos e descobrir novas habilidades e sensações”, explica. Segundo Javier Cantera, estes encontros transnacionais ajudam a enriquecer o projeto, confirmam novas conquistas e estabelecem novas metas. “Viana colocou a fasquia muito alta.”
O próximo encontro será na Alemanha e, no próximo ano, irá realizar-se um evento internacional em Somo, na Cantábria, Espanha.