Ontem, dia 17 de fevereiro, meteram pela primeira vez as mulheres em ação desde a abertura da janela do evento. Mas este compensou e foi vê-las rasgar linhas de onda e escalar junções num mar pesado e com tamanho. Ronda atrás de ronda, heat atrás heat, já estão decididas as quatro finalistas da segunda etapa do circuito mundial feminino. São duas rookies frente a duas experientes no Tour.

A nova geração foi pondo termo à participação das atletas mais antigas da elite. Nos oitavos-de-final Luana Silva eliminou Tatiana Weston-Webb. A veterana assimiu a liderança durante boa parte do heat mas os carves e batidas limpas de Luana Silva, impuram-se. A necessitar de 6.93 pontos para avançar, Tati ainda tentou fazer uso do seu backside agressivo mas Luana Silva surgiu logo atrás e deixou-a em falta com 7.23 pontos. Tatiana ainda tentou apanhar uma onda de emergência no inside, mas esta acabou por fechar.

No round que se seguiu Luana Silva foi retirada pela também rookie Gabriela Bryan, que depois de se sentir perto da eliminatória, encarou com determinação e foi abatendo todas com scores elevados. Embora Luana Silva tenha conquistado a melhor onda da sua bateria um 8.83 pontos, a sua nota de backup não se sobrepuseram ao 7.00 pontos e 8.27 pontos que Gabriela garantiu com as duas primeiras ondas.

Na ronda anterior dos oitavos-de-final, Bryan já tinha elevado a sua confiança após eliminar a 7x campeã mundial. Trabalhou na sua conjugação de manobras e quando já tinha 12.66 pontos, Stephanie Gilmore, ainda só tinha 1 ponto. Rapidamente conseguiu fazer duas ondas para se igualar a Gabriela Bryan mas a rookie até ao último minuto mostrou que não fazia intenções de abdicar da liderança que tinha em mãos desde o início do heat. Vai encarar agora Malia Manuel que com um surf preciso já tinha tirado Tyler Wright, nos oitavos de final, e Johanne Defay, nos quartos-de-final.

Por sua vez, Johanne Defay antes de se confrontar com Malia Manuel, já tinha expulsado Courtney Conlogue nos oitavos de final. Conlongue que na primeira ronda alcançou o melhor somatório final (16.27 pontos) e a melhor onda do campeonato feminino até ao momento (9.10 pontos).

Carissa Moore mostou-se com uma insegurança de manobras que não lhe é característica e a cometer erros incomuns. A rookie Molly Picklum, que tentava controlar a instabilidade da prancha na onda massuda, aproveitou o pretexto para ultrapassar a atual campeã mundial, deixando-a a precisar de 7.20 pontos. Mas nos quartos-de-final Brissa Hennessy pôs-lhe um travão.

Também da equipa de rookies inclui-se India Robinson que disse adeus a Sally Fitzgibbons. A novata não lhe deu hipóteses com duas notas na casa dos 7 pontos e totalizando um score final de 14.77 pontos face aos 11.33 pontos de Sally.

Bettylou Sakura foi um nome em destaque que dominou as suas baterias. No primeiro round arrecadou uma onda avaliada em 8.17 pontos com o seu surf vertical e a atacar o crítico da onda, atirando Moana Jones Wong para as eliminatórias. No heat seguinte, contra Lakey Peterson, determinou logo desde o início quem saía vitoriosa do heat e quem saía do campeonato. Posteriormente nos quartos-de-final deixou India Robinson de parte que não encontrou ondas propícias a bons scores.

A rainha de Pipeline, Moana Jones Wong, que vestia a lycra amarela foi eliminada na ronda da repescagem próximo do final do heat, tendo mostrado um surf mais confiante em ondas tubulares.

Semi-finais:

Heat 1: Malia Manuel X Gabriela Bryan

Heat 2: Brissa Hennessy X Bettylou Sakura Johnson 

Espera-se que hoje seja dado um novo call e estima-se que a ondulação vá ganhando forma ao longo do dia com a chegada de um novo swell.