Italo Ferreira tinha prometido a Cherif Fall, team rider da Billabong, que o iria visitar ao Senegal, e em Novembro do ano passado cumpriu essa promessa. Acompanhado pelo sul-africano Joshe Faulkner, deparou-se com uma costa cheia de ondas divertidas, bom surf, um talento crescente e muito boa energia. 

Estes três surfistas estão ligados não só pelo seu amor pelo surf, mas também pelas suas experiências. Assim como Italo aprendeu a surfar usando a tampa de uma caixa de esferovite, Cherif Fall usava  pranchas partidas no início da sua jornada. "Nós os três viemos de lugares onde nada é fácil", conta o senegalês. "Ver alguém como o Italo a chegar ao topo e a ser o primeiro surfista a conseguir uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, e o facto de ele estar aqui é muito importante para o surf no Senegal". 

Italo sentiu-se bem no Senegal, "onde as pessoas realmente te acolhem e te olham com um brilho no olhar". A comunidade do surf está a crescer rapidamente no Senegal, e Cherif Fall explica que até há pouco tempo ninguém no seu país acreditava que poderia fazer uma carreira como surfista. "Nós, surfistas negros, não sabíamos que podíamos ir mais longe e ter estas oportunidades, por isso nunca esperámos nada de mais. Surfávamos sem sonhar". Mas atletas como Cherif Fall, Joshe ou Italo começam a abrir caminho e a mudar as perspectivas destes jovens surfistas.

Nesta viagem, três atletas de países e mesmo continentes diferentes viram uns nos outros o reflexo das suas próprias histórias, e encontraram o verdadeiro significado de irmandade.