Recentemente, o tenista Novak Djokovic foi deportado da Austrália e impedido de jogar no Australian Open por não estar vacinado contra a covid-19. Desde então tem havido especulação quanto à situação de Kelly Slater, ávido opositor da vacina, e quanto à possibilidade de lhe acontecer o mesmo que aconteceu a Djokovic nas etapas australianas do CT 2022. 

O ministro do desporto da Austrália afirmou recentemente que Slater "não tem chances" de entrar no país se não puder provar que está vacinado. O senador Jackie Lambie reforçou a ideia, dizendo que "se não tiveres as duas doses e se não estiveres a caminho da terceira, não vens". 

Quais serão as consequências para Slater?

A primeira etapa do CT 2022 na Austrália é de 10 a 20 de Abril, em Bells Beach, e a segunda é de 24 de Abril a 4 de Maio, em Margaret River. Kelly Slater já venceu em Bells Beach 4 vezes, feito também atingido por Mick Fanning e Mark Richards. Nenhum surfista venceu essa etapa mais do que quatro vezes, e, julgando o cenário actual, não será Slater a bater esse recorde.

Mas, mais importante do que isso, perder duas etapas do circuito pode ter consequências mais sérias para o GOAT do surf. As etapas de Bells Beach e Margaret River são as duas últimas antes do mid-season cut, em que apenas os 24 primeiros surfistas do ranking permanecem para as próximas etapas. Sem competir em dois eventos, Kelly Slater diminui as suas hipóteses de ficar entre os primeiros 24 lugares. Menos hipóteses terá ainda de ficar entre os primeiros cinco lugares, que vão competir de 7 a 18 de Setembro, na grande final em Trestles. 

Para já, a WSL não fez nenhuma exigência quanto à obrigatoriedade de vacinação dos atletas, mas afirma que a grande maioria dos competidores já está vacinada, incluindo o #1 do ranking Gabriel Medina, que causou alguma polémica no ano passado quando afirmou que teria que perder a etapa de Teahupoo por não ter sido vacinado.