O terceiro dia do  Azores Airlines Pro, a etapa açoriana do QS, foi um dia de muita acção, e começou com uma manhã difícil para a Armada Lusa. Foi finalizada a ronda de 64 masculina, que ontem tinha terminado no heat 6, e hoje retomou com Joaquim Chaves no primeiro heat do dia, contra Enzo Cavallini, Marco Mignot e Dylan Groen.

O francês Marco Mignot venceu o heat com distinção, tendo feito uma onda de 8.83 e outra de 7.67, somando assim um score total de 16.50 (em 20 pontos possíveis). Joaquim Chaves fez um heat sólido, com uma onda de 5.33 e outra de 6.17 que lhe garantiram um score confortável de 11.50 e o colocaram na segunda posição durante a maior parte do heat. Foi nos últimos momentos antes de soar a buzina que Enzo Cavallini, da França, virou o jogo. A 18 segundos do fim, Cavallini apanhou uma onda e, com uma manobra, foi pontuado com um 7.43 e saltou do quarto lugar para o segundo, eliminando o atleta português.

Vasco Ribeiro com estreia sólida

Vasco Ribeiro e Diogo Viegas entraram no heat 8 contra Logan Nicol e Nikita Avdeev. Num heat em que todos os surfistas tiveram alguma dificuldade em encontrar as ondas certas, Vasco conseguiu destacar-se dos restantes com uma onda de 7.57 e um score total de 12.17, que o deixou com uma grande distância do segundo lugar, ocupado pelo inglês Logan Nicol, com um total de 8.77. Nikita Avdeev, o único atleta russo em prova, ficou em terceiro lugar, e Diogo Viegas ficou em quarto.

Vasco Ribeiro. Foto: WSL /Masurel

Guilherme Ribeiro vira o jogo no fim do seu heat

Nos dois heats seguintes, a sorte não esteve do lado dos portugueses. Jácome Correia (heat 9), Eduardo Fernandes (heat 10) termira ambos em quarto lugar. Guilherme Ribeiro, que entrou no heat 11, parecia ir pelo mesmo caminho, tendo ocupado a quarta posição durante a maior parte do tempo. À excepção da onda de 7 pontos de Charly Quivront, vencedor do heat, as pontuações foram baixas, e Guilherme precisava de pouco para passar. A poucos minutos do fim do heat, conseguiu uma onda de 4.23 pontos que, somando aos 4.77 pontos que já tinha, saltou para a segunda posição e garantiu o seu lugar na próxima ronda.

Na ronda de 32, Francisco Almeida e Pedro Henrique estão no heat 1 contra Marc Lacomare e Luis Diaz. Guilherme Fonseca entra de seguida contra os franceses Charly Martin, Thomas Debierre e Timothee Bisso. Vasco Ribeiro está no heat 4, contra Ruben Vitoria (País Basco), Patrick Langdon-Dark (Inglaterra) e Marco Mignot (França). Por fim, Guilherme Ribeiro está no heat 5 contra os franceses Justin Becret e Adrien Toyon,e o brasileiro Ryan Kainalo.

Na categoria feminina, as portuguesas brilharam

Foi à tarde que a sorte mudou para Portugal, fruto das performances brilhantes das atletas lusas na ronda de 32 feminina. A ronda começou com Francisca Veselko e Camila Cardoso a entrar contra Leticia Canales Bilbao e Camilla Kemp. Francisca garantiu a sua vitória com um sólido score de 13.10, tendo feito uma onda de 6.60 e outra de 6.50. A espanhola Leticia Canales Bilbao ficou em segundo lugar, deixando para trás a alemã Camilla Kemp e Camila Cardoso, marcando a primeira de duas baixas portuguesas nesta ronda. 

Francisca Veselko. Foto: WSL /Masurel

Com um percalço pelo meio, Yolanda Hopkins não deixou de se destacar

A segunda portuguesa a triunfar foi Yolanda Hopkins, que disputou o seu heat com Rachel Presti (Alemanha), Violeta Sanchez (Espanha) e Annette Gonzalez Etxabarri (País Basco). Yolanda partiu a prancha durante o heat, mas isso não a impediu de brilhar. Com uma onda de 7.17 e outra de 7.10 e um score total de 14.27, a portuguesa saiu vitoriosa do seu heat e destacou-se das suas adversárias. Rachel Presti passou em segundo, com um total de 11.16.

Yolanda Hopkins. Foto: WSL /Masurel

No terceiro heat, Portugal teve a terceira vitória. Teresa Bonvalot venceu com um confortável score de 12.30 (com uma onda de 6.67 e outra de 5.63), deixando a francesa Thessa Thyssen em segundo lugar. Para trás ficaram a francesa Nahia Milhau e a espanhola Lucia Martino.

Teresa Bonvalot. Foto: WSL /Masurel

No heat 4 Portugal teve a sua segunda baixa. Gabriela Dinis enfrentou Nadia Erostarbe (País Basco), Lucia Machado (Canárias) e Maud Le Car (França). Erostarbe venceu com um total de 13.44 e Le Car passou em segundo, tendo somado 10.24 pontos. Gabriela terminou em terceiro lugar, mas nem por isso deixa de merecer os parabéns, tendo terminado o heat com uma onda de 7.03 pontos.

Gabriela Dinis. Foto: WSL /Masurel

A presença portuguesa só retomou no heat 7 com Carolina Mendes, e com ela retomou o triunfo. Com um score total de 10 pontos, a surfista venceu o seu heat, e Garazi Sanchez-Ortun (País Basco) passou em segundo, deixando para trás Bahia Frediani (França) e Mikele Beato (País Basco).

Mafalda Lopes foi a cereja no topo do bolo

E quando parecia que as coisas não podiam estar a correr melhor para as surfistas portuguesas, Mafalda Lopes entrou na água. Num heat de notas modestas, Mafalda não teria precisado de muito mais do que a onda de 5.17 pontos que já tinha para passar, mas a atleta viu uma oportunidade de superar todas as expectativas e agarrou-a. Na sua última onda, Mafalda conseguiu com um aéreo receber a nota máxima, 10 pontos. Foi a primeira onda de 10 pontos da sua carreira, e num evento especial, pois os Açores são “como uma segunda casa” para Mafalda. A surfista portuguesa fechou assim o dia com chave de ouro para Portugal, saindo indiscutivelmente vitoriosa do seu heat. Vahine Fierro ficou em segundo lugar, e Sarah Leiceaga e Juliette Lacome  foram eliminadas.

Na ronda de 16, Francisca Veselko e Yolanda Hopkins entram no primeiro heat. Teresa Bonvalot está no heat 2, e Carolina Mendes e Mafalda Lopes fecham a ronda, no heat 4.

Podes consultar os heats aqui.