Nas olimpíadas de Tóquio...

 

 

Na sexta-feira passada (23 de julho) Portugal ficou em choque ao receber a notícia de que Frederico Morais não iria competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que arrancaram nesse mesmo dia.

O atleta do Championship Tour foi o primeiro portugues a conquistar uma vaga olímpica nos ISA World Surfing Games em 2019 e tinha vindo a preparar-se para competir na estreia olímpica do surf desde então. Contudo, o atleta foi impossibilitado de partir para o Japão por ter testado positivo à covid, o que deixou a sua vaga em aberto.

 

 

 

Com Frederico Morais fora das olimpíadas, tudo apontava para que o italiano Angelo Bonomelli substituísse o surfista portugues. Segundo a lista da  International Surfing Association (ISA) de atletas olímpicos e substitutos, Bonomelli seria a escolha óbvia mas tal não veio a acontecer tendo a entidade escolhido Carlos Muñoz em vez do italiano.

 

 

 

 

Segundo a ISA, o NOC de Itália não aceitou a vaga de Angelo Bonomelli, algo que o surfista confirmou, referindo que o Comitê Olímpico Italiano não aceitou a oferta porque o atleta (que vive na Costa Rica) não tinha nenhum teste de Itália. A recusa levou a ISA a ver quais os surfistas europeus que se seguiam na "long list", uma lista de surfistas que seriam elegíveis para os Jogos Olímpicos que os CONs submetem com bastante antecedência. 

A ISA afirma que não havia surfistas europeus em potencial na lista e por essa razão escolheram o atleta que se seguia no topo da lista, independentemente do continente, que neste caso foi Carlos Muñoz.

 

 

 

 

 

Após saber que tinha recebido a vaga olímpica de Frederico Morais, o costa-riquenho Carlos Muñoz fez tudo ao seu alcance para conseguir chegar ao Japão a tempo de competir nas olimpíadas. O surfista encontrava-se numa zona atingida por inundações de onde foi resgatado por um carro dos bombeiros. Após ter conseguido sair do local e fazer um teste PCR, o surfista embarcou num voo rumo a Tóquio, mas não foi a tempo de competir nas olimpíadas, uma vez que a ISA não adiou a competição para esperar pela sua chegada. 

Fernando Aguerre, presidente da ISA, diz ter falado com o atleta para explicar que a escolha se deveu ao facto da organização ter de aproveitar as melhores condições para a realização do evento, o que o surfista compreendeu. Embora fora da competição no Japão, Carlos Muñoz juntou-se à equipa olímpica da Costa Rica para torcer por Brisa Hennessy, que irá competir no segundo heat dos quartos-de-final contra a americana Caroline Marks.