O Billabong Pipe Masters, a primeira etapa do Championship Tour, está suspenso desde dia 11 de dezembro após membros do staff da World Surf League (WSL), incluindo o CEO, Erik Logan terem testado positivo ao covid-19.

Após a WSL ter anunciado a sua decisão de suspender a competição, vários blogs de surf e redes sociais especularam que o surfista Yago Dora pode ter espalhado o vírus, baseado num post escrito pelo atleta brasileiro no seu instagram, e que apagou posteriormente.

Yago Dora escreveu que no dia 25 de novembro, um dia antes do início da sua viagem de Florianópolis em direção ao Havai, fez um teste ao covid, que deu negativo. Porém, ao chegar ao aeroporto de Dallas, onde foi solicitado a fazer outro teste para poder embarcar para o Havai e evitar os 14 dias de quarentena exigidos pelo governo, o seu teste voltou positivo. Após receber o resultado, o surfista brasileiro ficou isolado num quarto de hotel em Dallas sem sentir nenhum sintoma da doença.

Após passar 10 dias isolado, o atleta brasileiro teve uma consulta médica e foi autorizado a sair do isolamento mesmo após repetir vários testes durante esse período e não conseguir um resultado negativo.

Para embarcar para o Havai é preciso testar negativo ao Covid ou conseguir uma carta de isenção de quarentena do governo havaiano e segundo Dora escreveu no seu post, que posteriormente apagou, com o auxílio da sua equipa, da WSL e de uma equipa médica conseguiu a isenção e embarcou para o Havai, tendo a sua condição sido considerada não contagiosa.

Segundo o Dr. Pritish Tosh, professor de medicina e médico infectologista e pesquisador da Clínica Mayo em Rochester, Minnesota, confirmou ao Star Advertiser, dez dias é considerado o tempo adequado para um caso leve de covid-19 se tornar não contagioso.

“Yago Dora foi autorizado por médicos a sair do isolamento por ter recuperado do covid-19. Esta não foi uma isenção especial”, disse a WSL.

A WSL anunciou que está a trabalhar com especialistas médicos e funcionários do estado para garantir que o evento seja seguro para os atletas, funcionários e para a comunidade, e para evitar grandes aglomerações a competição está a ser organizada como um evento virtual.

Certas áreas de praia estão restritas ao acesso público, mas Nathan Serota, oficial de informação ao público do Departamento de Parques e Recreação da cidade, disse que o público “seria capaz de contornar essas áreas” usando rotas de acesso designadas.