OS DESAFIOS QUE O CT DE 2021 LANÇA AOS ATLETAS
Nestes tempos que vivemos...
Na semana passada a World Surf League anunciou o arranque da temporada de 2021 do Championship Tour (CT).
O tour irá arrancar já no próximo mês de Dezembro com as atletas femininas a competir no Maui Pro, que tem uma janela de 4 a 15 de Dezembro, enquanto os homens irão iniciar a competição na etapa do Billabong Pipe Masters, que tem uma janela de espera de 8 a 20 de Dezembro.
Desde o início do ano, altura em que a pandemia de covid atingiu o globo, a incerteza instalou-se e perante a impossibilidade de realizar o tour de 2020 como previsto a WSL criou um novo formato para o circuito, com um novo calendário de provas.
O novo formato permite aos atletas competir no circuito mundial ainda este ano, mas embora os atletas estejam desejosos de voltar à competição, o novo calendário, associado à conjuntura atual, traz alguns desafios aos surfistas do tour.
Após as duas primeiras etapas do tour os atletas têm um mês de intervalo até à terceira etapa, o Sunset Open, que tem lugar em Oahu, viajando depois para a Califórnia para competir no Santa Cruz Pro. Enquanto que esta pausa permite aos atletas que não residem no Havai permanecer no estado americano e gozar das ondas durante este período, também trás com ele um grande desafio – passar o final de Dezembro e início do novo ano longe das suas famílias, uma vez que não poderão viajar com uma grande comitiva tal como podiam antes.
Para atletas que estão habituados a fazer o tour acompanhados com a família, como é o caso de Adrian Buchan, que no passado viajou com a esposa Bec e os seus três filhos, este é um fator decisivo, o que levou o surfista australiano a optar por não competir na etapa de Pipeline.
“Para mim, pessoalmente, estava numa posição de escolher entre a minha família e a minha carreira ... e tentar encontrar uma maneira de fazer as duas coisas. Então, vou saltar a etapa de Pipe e se as coisas estiverem a correr bem farei Sunset e Santa Cruz. ”- disse Adrian Buchan.
“Para começar, eu iria ficar sentado num hotel de quarentena em Parramatta (Austrália) por duas semanas. Na verdade, eu passaria o Natal sozinho em quarentena, depois teria cinco dias de folga antes de ter que voltar (ao Havai). Ou isso ou são três meses longe de casa. ”
Por causa das condições em constante mudança nas comunidades ao redor do mundo, a flexibilidade será um componente chave da temporada após o Santa Cruz Pro. A WSL anunciou que permanece firme no seu compromisso com a saúde e segurança dos seus surfistas, equipa e fãs, e tomará as suas decisões com base na orientação de especialistas e autoridades.
"Fazer um tour internacional no meio a uma pandemia global não é uma tarefa fácil, mas a dedicação e o trabalho de toda a organização dá-nos a confiança de que podemos executar estas competições com segurança em nome de nossos atletas, funcionários e comunidades locais", disse em comunicado o CEO da WSL, Erik Logan.
Este é realmente um ano atípico e que traz com eles muitos desafios, e as viagens, períodos de quarentena e incerteza são alguns dos que os atletas terão que enfrentar.