No passado mês de Setembro Julian Wilson entrou com uma ação contra a Hurley, um dos seus patrocinadores de longa data com quem tinha assinado um contrato de 7 anos de duração em 2014.

De acordo com a denúncia, o surfista do Championship Tour (CT) alegou que a marca se recusou a pagar-lhe pelo menos 1,5 milhões dólares, que “indiscutivelmente deve sob um acordo de patrocínio por escrito” numa tentativa de “lucrar com a pandemia de covid-19”, afirmando que Wilson violou o contrato porque não participou das competições este ano devido ao covid-19.

O contrato estipula que o surfista australiano deve usar roupas da marca durante os eventos de surf e que tem a obrigação de competir no mínimo em 5 etapas do tour por ano, para além de divulgar a Hurley nas suas redes sociais, participar de sessões fotográficas e fazer aparições promocionais.

No entanto, como consequência da pandemia que atingiu o mundo, a competição foi interrompida, o que torna quase impossível a Julian Wilson cumprir o requisito incluído no contrato - um ponto levantado pela equipa jurídica de Wilson na sua reclamação.

Wilson foi um dos primeiros atletas, senão o primeiro, a enfrentar uma redução oficial ou, no seu caso, uma tentativa de demissão, e entrar com uma ação legal contra um patrocinador durante a pandemia. Contudo o atleta australiano desistiu da ação não sendo claras as razões por trás da decisão. Embora os documentos entregues em nome do atleta não forneçam qualquer informação, é possível que ambas as partes tenham chegado a acordo.