SAL MASEKELA FALA SOBRE RACISMO NO SURF
Num paddle out em memória de George Floyd...
O vídeo da asfixia de George Floyd, morto pela polícia de Mineápolis na semana passada, correu o mundo e não deixou ninguém indiferente.
O cidadão afro-americano faleceu após um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
A divulgação das imagens chocou o mundo e deu origem a protestos em dezenas de cidades norte-americanas.
A comunidade do surf não ficou indiferente e desde então tem vindo a mostrar o seu respeito pela perda de George Floyd, apoiando a campanha #BlackoutTuesday, que tem como objetivo promover um momento de reflexão contra o racismo e a morte de pessoas negras, e realizando paddle outs, como o que se realizou ontem em Moonlight Beach, Encenitas, Califórnia.
Oito minutos e 46 segundos de silêncio, o tempo que levou o polícia americano a matar George Floyd, foram partilhados por uma multidão que rondou entre os 500 e os 1000 participantes, mas o discurso de Sal Masekela, um apresentador de televisão e comentador de desportos de ação, mostrou algo nem sempre falado no surf - que o racismo também pode ser vivido dentro de água.
“Os surfistas negros conhecem e têm experienciado desafios nesta comunidade, que provavelmente vos deixariam chocados, porque tem sido muito difícil para algumas pessoas de perceber que pessoas que não se parecem com elas amam o oceano tanto quanto elas.”