ESPECIALISTAS TRAZEM ESPERANÇA NO COMBATE AO COVID-19
Através de experiências de laboratório...
Num momento em que a vida de todos nós parece ter ficado suspensa no tempo devido à fase de quarentena que vivemos, consequência da medida de prevenção e contenção do covid-19, Maria Manuel Mota, diretora do Instituto de Medicina Molecular, diz que “este é um vírus relativamente bonzinho”.
“É importante as pessoas não entrarem em pânico: este é um vírus relativamente bonzinho“, disse Maria Manuel Mota em entrevista ao jornal Expresso.
A investigadora refere que já assistimos a vírus mais perigosos, como a “gripe espanhola”, e que a capacidade de propagação do novo coronavírus num mundo global é que foi extraordinária.
“Temos de ter noção que praticamente não afeta crianças, adolescentes e jovens adultos“, diz Maria Manuel Mota.
A investigadora refere que é necessário proteger os mais idosos, uma vez que os grupos de risco são pessoas com mais de 70 anos ou com outras complicações de saúde, e deixa a sua opinião pessoal de que não se pode “estagnar” a vida dos mais jovens.
A Diretora Executiva do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa. Foto: ALBERTO FRIAS / Expresso
As palavras da investigadora vêm de certo acalmar um pouco os nervos a muitos portugueses, mas parece haver estudos que podem trazer-nos ainda mais razões para sorrir.
Segundo um artigo da yahoo news, resultados preliminares de experiências de laboratório do governo americano mostram que o coronavírus não sobrevive por muito tempo em altas temperaturas e que é rapidamente destruído pela luz solar, o que, a ser provado, será uma boa noticia agora que o os dias mais quentes se aproximam.
Os resultados estão contidos num briefing da diretoria de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Interna, que descreve experiências realizadas pelo Centro Nacional de Análise e Contramedidas da Biodefesa, um laboratório criado após os ataques terroristas do 11 de setembro para tratar ameaças biológicas.
Contudo, ao ser contactado pelo site de notícias, o Departamento de Segurança Interna recusou responder a perguntas sobre as descobertas advertindo fortemente contra tirar conclusões com base em dados não publicados.
A questão dos efeitos da luz solar e do calor sobre o coronavírus tem sido particularmente preocupante, porque houve uma tendência a interpretar mal a relação entre o bom tempo e a propagação da doença. No início, alguns políticos tentaram incentivar as pessoas a sair, inclusive a ir para as praias, argumentando que a luz do sol mataria o vírus. O problema, no entanto, é que, sem imunidade generalizada, as pessoas ainda podem transmitir o coronavírus a outras pessoas, mesmo em climas quentes.
Para já tudo ainda é incerto mas estes resultados, bem como a opinião de especialistas como Maria Manuel Mota, trazem alguma esperança e otimismo.