AS NAÇÕES QUE IRÃO FAZER HISTÓRIA NA ESTREIA OLÍMPICA DO SURF EM 2020
Em Tóquio...
A estreia olímpica do surf irá dar a oportunidade a 20 homens e 20 mulheres de fazerem história em Tóquio em 2020 e deixarem as suas nações orgulhosas por se verem representadas num ano em que os olhos do mundo estarão postos nos emblemáticos jogos.
O Championship Tour (CT) da World Surf League (WSL), que chega agora ao fim, é um dos principais veículos de qualificação, mas não é o único.
Os ISA World Surfing Games de 2019 e 2020 e os Jogos Pan-americanos de 2019 também dão a oportunidade a surfistas masculinos e femininos de garantirem a sua vaga olímpica, para além da vaga para um homem e uma mulher garantidas para o país anfitrião.
Com a temporada do CT a chegar ao fim e com uma visão mais clara dos surfistas que já asseguraram a sua vaga, fica a questão sobre quais as nações que se verão representadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.
Ora vejamos:
Através do CT dois surfistas masculinos e duas surfistas femininas de cada país podem assegurar a sua vaga para participar na estreia olímpica do surf já no próximo ano, num total de 10 homens e 8 mulheres, sendo o críterio de qualificação a sua posição no ranking.
Italo Ferreira e Gabriel Medina ocupam a primeira e segunda posição e poderão representar o Brasil nos Jogos Olimpicos em Tóquio, mas tudo ainda está em aberto e dependerá da etapa do Billabong Pipe Masters, uma vez que Filipe Toledo, que ocupa a quarta posição, ainda tem a possibilidade de assegurar a sua vaga. Já do lado feminino, a surfista brasileira Tatiana Weston-Webb tem a sua vaga assegurada através do CT.
Na terceira posição no ranking do CT, Jordy Smith assegurou a sua vaga para representar a África do Sul, enquanto Kanoa Igarashi, na sexta posição, assegurou a sua vaga para representar o Japão.
Enquanto Kolohe Andino assegurou uma vaga para os Estados Unidos ao ocupar a quinta posição no ranking, a segunda vaga olímpica ainda está em aberto estando na corrida John John Florence, atualmente na oitava posição, Kelly Slater, na décima, e Seth Moniz, na décima segunda posição. Já no caso das surfistas americanas no CT, Carissa Moore é atualmente a líder do ranking, mas a sua vaga só ficará assegurada quando a ultima etapa do circuito feminino terminar, a Lululemon Maui Pro que já entrou na sua janela de espera. Na luta pela vaga olímpica feminina americana estão também Lakey Peterson e Caroline Marks, que ocupam a segunda e terceira posição no ranking feminino.
Ainda em aberto está também quais os surfistas masculinos que representarão a Austrália, estando na corrida Owen Wright, na sétima posição, Julian Wilson, na décima primeira, Ryan Callinan, na décima segunda e Wade Carmichael na décima quarta, pelo que tudo se decidirá em Pipeline. Por sua vez, Sally Fitzgibbons, que ocupa a quarta posição no ranking feminino e Stephanie Gilmore, que ocupa a quinta posição, já asseguraram a sua vaga pelo circuito mundial de surf da WSL.
Na nona posição do ranking masculino, Jeremy Flores também já assegurou uma vaga para França estando a segunda vaga ainda em aberto, pelo que Michel Bourez, atualmente em décimo quinto poderá juntar-se a Jeremy Flores se tudo correr de feição a Bourez durante a etapa de Pipeline. Johanne Defay, que ocupa o oitavo lugar no ranking feminino também assegurou a sua vaga através do CT. Com duas vagas femininas ainda em aberto, Brisa Hennessy, da Costa Rica e Silvana Lima, do Brasil, atualmente na décima e décima segunda posição, são as surfistas mais prováveis a assegurar uma vaga olímpica quando a temporada feminina do CT chegar ao fim.

Nesta equação Portugal também está presente, uma vez que Frederico Morais assegurou a vaga olímpica para o nosso país durante a sua prestação no ISA World Surfing Games no Japão em Setembro. Também durante a competição no Japão o surfista local Shun Murakami e a surfista Shino Matsuda asseguraram uma vaga feminina e uma masculina para o Japão, enquanto Ella Williams e Billy Stairmand asseguraram uma vaga feminina e uma masculina para a Nova Zelândia. Por sua vez Ramji Boukhaim assegurou uma vaga para Marrocos, Anat Lelior assegurou uma vaga para Israel e Bianca Buitendag mais uma vaga para África do Sul, estando ainda por realizar os ISA World Surfing Games de 2020 que darão a oportunidade aos 4 primeiros homens e 6 primeiras mulheres de se qualificarem.
Já os Jogos Pan-americano, que decorreram em Julho e Agosto na cidade de Lima, no Peru, viram os surfistas locais Lucca Messinas e Daniella Rosas assegurarem uma vaga feminina e uma masculina para o seu país.
Assim sendo, as nações com vagas asseguradas para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 são o Brasil, África do Sul, Japão, Estados Unidos, França, Austrália, Nova Zelândia, Marrocos, Israel, Perú e Portugal, mas com a ultima etapa feminina do CT a decorrer e a masculina ainda a ser realizada, tal como os World Surfing Games de 2020, a lista poderá vir a aumentar.