VAZAMENTO DE PETRÓLEO NO BRASIL PODE TER ORIGEM ABAIXO DA SUPERFÍCIE DO MAR
Segundo imagens de satélite...
Desde o o inicio de Setembro que um misterioso vazamento de petróleo tem atingido várias Praias do Nordeste do Brasil ameaçando algumas das mais belas praias do país.
No inicio de Outubro, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse numa declaração que o vazamento podia ter várias origens. “Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. Temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo”, referindo-se à Venezuela.
Mas Humberto Barbosa, um pesquisador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), afirma agora que as manchas de petróleo que atingem o litoral do nordeste brasileiro podem ter origem num grande vazamento abaixo da superfície do mar.
Segundo o site do laboratório, este detectou na passada segunda-feira, dia 28 de Outubro, a partir de satélites, um padrão característico de manchas de petróleo no oceano que poderia explicar a origem da poluição no Litoral do Nordeste.
“Após três semanas de processamento de imagens do satélite Sentinel-1A, o pesquisador Humberto Barbosa, do Lapis, identificou um enorme vazamento de óleo, em formato meia lua, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da Costa do Nordeste.O local fica no Sul da Bahia, nas proximidades dos municípios de Itamaraju e Prado.”, diz o site do Lapis.
Segundo o laboratório,o pesquisador afirma que, pela localização do petróleo, pode ser algo muito maior do que um mero derramamento acidental ou propositado de petróleo, a partir de um navio, podendo talvez ser um vazamento que está abaixo da superfície do mar, consequência de perfuração.
"É como a montagem de um quebra-cabeça, com peças muito dispersas, que são as manchas muito espalhadas pelas correntezas no Litoral do Nordeste do Brasil, principalmente nas faixas costeiras. De repente, você encontra uma peça-chave, mais lógica, foi o que ocorreu ontem ao encontrar essa imagem. Foi a primeira vez que observámos, para esse caso, uma imagem de satélite que detectou uma faixa da mancha de petróleo original, ainda não fragmentada e ainda não carregada pelas correntezas", disse o pesquisador.
No entanto, a Marinha afirma que a referida mancha visualizada em imagens de satélite não é petróleo e a Petrobras, empresa de petróleo brasileira, afirmou que biomarcadores das amostras de petróleo recolhidas nas praias do nordeste não possuem características compatíveis com os petróleos provenientes de reservas do pré-sal, uma área de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal, compreendendo, no Brasil, uma faixa que se estende ao longo de 800 quilómetros.