Tom Kay, fundador da Finisterre num protótipo dos seus fatos de surf reciclados. Foto: finisterre Tom Kay, fundador da Finisterre num protótipo dos seus fatos de surf reciclados. Foto: finisterre terça-feira, 13 agosto 2019 07:52

EMPRESA INGLESA CRIA PRIMEIRO FATO DE SURF TOTALMENTE RECICLÁVEL

Tom Kay fundou a empresa há 15 anos que tem como objetivo conectar as pessoas com o mar...

O surf é das modalidades que mais conecta as pessoas com o mar, mas ironicamente também é das que mais o poluí devido aos materiais atualmente usados na fabrico de pranchas e fatos de surf. Mas as coisas estão a mudar, e muito devido a projectos como o Finisterre, uma empresa sediada na Cornualha, em Inglaterra.

Os fatos de surf atuais são feitos de neoprene, uma borracha sintética que permite ao surfista manter-se quente ao surfar em águas frias. Enquanto a invenção foi um passo importante e benéfico para surfistas ao redor do globo, o mesmo não se pode dizer em relação ao seu impacto no ambiente.

 A Finisterre estima que 380 toneladas de resíduos de fatos de surf são descartados todos os anos, o que levou o seu fundador a tomar medidas para solucionar este problema.

Há um ano e meio Tom Kay iniciou aquela que é uma das suas missões, a Wetsuits from Wetsuits, com o objetivo de criar fatos de surf totalmente recicláveis.

Tom Kay, fundador da Finisterre tem como objetivo resolver os problemas que os atuais fatos de surf criam no ambiente. Foto: Chetwode & Charles/The Guardian

Os fatos de surf convencionais podem conter até 15 materiais diferentes que são quase impossíveis de separar no final da sua vida útil, pelo que a empresa quis criar um fato feito de um número limitado de materiais de forma a maximizar a qualidade da borracha e outros materiais que poderiam ser recuperados no processo de reciclagem.

Nesta busca a empresa encontrou uma solução numa borracha biodegradável texturizada que evita que a água fique presa dentro do fato, anteriormente usada no fabrico de fatos de surf na década de setenta.

A empresa já criou um prototipo numa versão de 3mm de espessura e embora o fato pareça um pouco mais difícil de vestir e despir do que os atuais fatos de neoprene, a Finisterre orgulha-se da sua criação, o fato mais reciclável do mundo, segundo disse ao jornal The Guardian. "O fato não tem laminado, podem tirar a costura e, em seguida, a teoria é que ele pode ser totalmente reciclado".

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