'GANHAR UM TÍTULO MUNDIAL SEM O KELLY NÃO SERIA A MESMA COISA' sexta-feira, 07 março 2014 11:17

'GANHAR UM TÍTULO MUNDIAL SEM O KELLY NÃO SERIA A MESMA COISA'

As palavras são de John John Florence, que perspetivou a época que já está em andamento


O jovem prodígio havaiano abriu o jogo em entrevista à ESPN, e apesar do (inesperado) mau início de época no Quiksilver Pro Gold Coast, mantém o espírito e a ambição elevados.


Florence começou por referir que não dá importância às comparações com Kelly Slater. "Honestamente só quero é surfar, só penso nisso. E o Kelly é porreiro. Dá-me conselhos sobre como lidar com a pressão", garantiu. Kelly disse em tempos que na parte final da carreira, gostava de competir na final de Pipe com Florence, o que veio a acontecer. "É uma sensação fantástica. No ano passado ele só me dizia 'Estou super entusiasmado por estar na final de Pipe contigo'. Eu também estava, mas acima de tudo queria era ganhar. Estar tão perto de vencê-lo e acabar por perder foi uma grande desilusão". Mas JJ não quer ver Kelly reformar-se: "espero que se mantenha no tour. Se ganhares um título mundial sem o Kelly no tour, não é a mesma coisa. Quero vencê-lo."


Confrontado sobre o que tem sido a sua evolução, numa altura em que conta apenas 21 anos, Florence adiantou: "Estou melhor do que pensava estar. Tive um par de anos menos bons, mas fizeram-me perceber o que é preciso fazer. Em 2012, não esperava acabar no top 5, e acabei em 4º. No ano passado magoei o tornozelo e perdi três eventos, e ainda assim consegui acabar no top 10. O sonho de ganhar o título mundial está definitivamente vivo".


Em 2011, John John teve uma fratura nas costas, mas apesar de ter sofrido com isso e não ter conseguido bons resultados nos tempos imediatamente a seguir, John considera que pior mesmo, foi a lesão no tornozelo: "demorou demasiado tempo até deixar de sentir dores. Ainda sinto alguma rigidez hoje em dia. Mas tento não pensar nisso".


O épico aéreo em Bali, conseguido no ano passado, foi um marco importante para o havaiano, em particular por ainda estar um pouco debilitado na altura: "foi um dos pontos altos do meu ano, deu-me a confiança para sentir que ainda conseguia fazer aéreos, fiquei mesmo feliz".


Em relação aos rumores de que o seu contrato com a Hurley lhe garantiu o patrocínio mais elevado de sempre, e da eventual pressão que daí adveio, John John negou essa influência: "Assinar com a Hurley foi um dos melhores momentos da minha vida. Deu-me a liberdade para surfar. A equipa é fantástica e ajuda-me muito. Consigo fazer alguns pequenos projetos e participar nas competições. Na realidade até me sinto mais relaxado agora. Não sou de loucuras, a minha família não tinha muito dinheiro, por isso ainda sou um tipo poupado. A maior compra que fiz foi a minha casa, onde os meus amigos passam os dias inteiros."


Gabriel Medina, Filipe Toledo, Nat Young e Sebastian Zietz são apontados por John John como os surfistas que quer "mesmo vencer, são assustadores". Em relação aos seus objetivos, Florence avançou: "Ganhar o Pipe Masters. E seria porreiro estar na final outra vez com o Kelly. Mas claro que o objetivo supremo é ganhar um título mundial", mas há, ainda, aspetos que quer mudar: "preciso de melhorar a minha abordagem às competições. Fico tão feliz a surfar que acabo por estar seis horas dentro de água, no dia anterior a um torneio. Depois vou competir cansado, dorido e com um 'escaldão' do dia anterior", finalizou John John.

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