Sul-africano Grant Baker nas ondas da Praia do Norte. Sul-africano Grant Baker nas ondas da Praia do Norte. Foto: WSL sexta-feira, 18 janeiro 2019 17:29

Surfistas de ondas grandes querem mais dinheiro no circuito mundial

Status quo do BWT pode mudar em breve… 

 

A Surftotal sabe que os surfistas que competem no Circuito Mundial de Ondas Grandes, o conhecido Big Wave Tour, estão a unir-se para reclamar mais condições à World Surf League. Nomeadamente ao nível de melhorarem o prémio monetário disponível por campeonato. 

 

Isto sucede porque, aparentemente, a exposição é maior cada vez que um campeonato de ondas grandes tem lugar. Comparativamente a uma prova do WCT (World Championship Tour), obviamente. 

 

Ora, se os chargers do Big Wave Tour obtêm mais exposição, mais viewers e geram mais interesse por cada vez que uma prova acontece, é natural que recebam mais (ou pelo menos que vejam os valores do prize money aumentados e equiparados aos do World Tour). Pelo risco inerente e espetacularidade, o mundo das ondas grandes parece cativar mais o surfista comum, ou aqueles que gostam de surf mas pouco sabem sobre ele (o chamado público generalista). 

 

Não é à toa que as palavras “Nazaré” e “Praia do Norte” têm sido das mais pesquisadas na internet nos últimos anos. As massas querem ver os surfistas a arriscar a pele - em drops gigantes, quedas, tubões e tareias no inside de fazer suster a respiração. 

 

Mas pôr a vida no fio da navalha tem um preço. E se não houver dinheiro suficiente ou um entendimento os performers de serviço podem colocar em causa a realização do circo. 

 

Para já, nos bastidores, sem grande alarido, os surfistas do BWT estão a unir-se e a exigir mais dinheiro à WSL, uma vez que a situação atual não permite que vivam e se dediquem a 100% ao surf de ondas grandes. 

 

Atualmente, o prémio total de cada campeonato do Big Wave Tour é de 100 mil dólares (20 mil para o vencedor), enquanto cada etapa do WCT masculino coloca em jogo +600 mil dólares (100 mil para o vencedor). Não há dúvida que existe um fosso abismal entre os dois circuitos.  

 

O movimento (que para já não passa disso) entre os surfistas de ondas grandes está a crescer e a batata quente já se encontra nas mãos da WSL. 

 

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